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SÃO PAULO – Apesar da semana bastante volátil na Bolsa, com investidores ainda tentando entender qual será o efeito da eleição de Donald Trump, o Ibovespa conseguiu encerrar com ganhos de xxx% nestes últimos dias, mas as sessões de bastante oscilação não ficaram para trás ainda. Apesar de uma agenda de indicadores mais fraca, a próxima semana seguirá tensa enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos segue anunciando nomes de sua equipe e fazendo declarações polêmicas.
Entre os principais indicadores, destaque para os dados de inflação no Brasil, PIB da Alemanha e Reino Unido, além da ata da última reunião do Fomc, que apesar de ter ocorrido antes das eleições deve ajudar a entender como os líderes do Federal Reserve estão vendo o atual momento do país. Porém, para Daniel Weeks, economista da Garde Asset, o mercado brasileiro seguirá atento ao noticiário do exterior.
“Estes indicadores são importantes, mas os investidores vão continuar seguindo os mercados americanos enquanto Trump anuncia os nomes de sua equipe”, explica o economista. A ideia é tentar entender qual será o rumo do governo do republicano, que fez muitas declarações polêmicas e deixou o mundo todo tenso para as mudanças que ele irá promover na relação dos EUA com o resto do mundo e com o futuro econômico do país.
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Por aqui, enquanto ninguém se desliga das votações no Congresso e das novidades envolvendo medidas como a PEC do teto e a reforma da Previdência, um ponto importante para se acompanhar, segundo Weeks, é a atuação do Banco Central e do Tesouro no mercado. Segundo ele, os leilões das duas instituições foram importantes para ajudar a acalmar o dólar e DIs e pode ser que estas intervenções precisem continuar nos próximos dias para evitar um novo cenário de pânico no mercado.
Por fim, é importante lembrar que na segunda-feira ocorre o vencimento de opções sobre ações na Bovespa, o que costuma trazer bastante volatilidade no mercado, enquanto na quinta-feira (24) as bolsas norte-americanas ficarão fechadas por conta do feriado de Ação de Graças. Com isso, o mercado que tanto tem ficado atento ao cenário dos EUA, ficará sem sua principal referência, mas o que não será sinal de menor volatilidade, segundo Weeks, já que o noticiário continuará normalmente.
Confira os principais eventos da próxima semana:
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IPCA-15
Na quarta-feira (23), às 9h (horário de Brasília), será divulgado o dado de inflação medido pelo IPCA-15 de novembro. Para a equipe da Rosenberg Associados, a expectativa é de uma variação de 0,32%, ficando acima dos 0,19% do mês anterior. Ainda assim, segundo os analistas, o índice deve cair na comparação em 12 meses, passando de 8,3% para 7,7%.
Ata do Fomc
Ainda na quarta, às 17h, será a vez da ata da última reunião dos líderes do Federal Reserve. Apesar de ter ocorrido uma semana antes das eleições nos EUA, é possível que o documento mostre como estão vendo os integrantes do grupo o momento atual da economia do país e até ajude a confirmar a tão esperada alta dos juros em dezembro. Nos últimos dias, dados positivos e a fala da chair do Fed, Janet Yellen, ajudaram a aumentar as apostas sobre a elevação das taxas no encontro que ocorre entre 13 e 14 de dezembro.
Indicadores nos EUA
Por conta do feriado na quinta-feira, o dia 23 ficará bastante agitado e uma bateria de indicadores nos EUA deve movimentar o mercado. Entre os principais dados estão o de pedidos de auxílio-desemprego (às 11h30), o PMI da indústria (12h45), vendas de novas moradias (13h) e estoques de petróleo (13h30). Apesar de estar praticamente certa a alta de juros nos EUA, estes indicadores ajudam a manter (ou mudar) as apostas sobre o futuro das taxas.
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PIBs
Apesar de um impacto reduzido no mercado brasileiro, é importante também ficar de olho à divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanhã, na quinta-feira (24) às 5h, e do Reino Unido, na sexta-feira (25) às 07h30. Este segundo deve chamar mais atenção por ajudar a mostrar como anda a economia britânica diante do andamento da saída da nação da Zona do Euro.
Para conferir a agenda completa de indicadores, acesse a Agenda InfoMoney clicando aqui.
