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A situação da Argentina beira a deterioração econômica mais intensa, à medida que novos indicadores econômicos do país evidenciam esta percepção. O nível da arrecadação fiscal do país está projetado para registrar uma retração de 16% em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que complica ainda mais o atendimento às políticas propostas pelo governo federal para retomar o crescimento argentino. Em resposta, o risco país da Argentina supera hoje os 3.000 pontos.
O risco país é uma medida que traz o spread entre os papéis emitidos pelo governo argentino e os papéis do Tesouro norte-americano, ou seja, o quanto é superior o retorno dos títulos de país frente aos títulos de menor risco. No caso argentino, o risco país está em 3.055 pontos, o que indica que os títulos argentinos superam em 30,55% o retorno dos papéis norte-americanos, dada a forte perspectiva de que possa ser anunciado um calote da dívida por parte do Governo argentino.
Situação da argentina é semelhante à conjuntura da Rússia pré-moratória em 1998
Neste patamar, o risco país da Argentina já dá uma idéias de um cenário bastante degradado, próximo do que foi registrado pela Rússia antes a moratória de sua dívida em 1998. Ontem a taxa do risco país era de 2.966 pontos o que manteve o país na liderança do ranking dos papéis emergentes.
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Na Argentina, a queda da arrecadação deve dificultar o encontro entre as despesas e as receitas para a política de déficit zero. Além disso, deixa ainda mais complicado o acesso do país a novos créditos, como o que pretende antecipar junto ao FMI neste mês, no valor de US$ 1,26 bilhão. Desta forma, o cenário de calote ganha força e a confiança ao país é pequena.