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SÃO PAULO – O Risco Brasil ultrapassou nesta segunda-feira (09) a média do risco dos países emergentes (Embi+). Ou seja, a percepção de risco dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil é, agora, menor do que a média, situação inédita para o país.
O indicador marcava há instantes o patamar de 156 pontos-base, queda de 8 pontos base frente ao fechamento da última quinta-feira. Na mínima do dia até o momento, 154 pontos-base foram atingidos. Enquanto isso, o Embi+, opera aos 163 pontos-base, recuo de 1 ponto base na comparação com a última sessão.
Com isso, a expectativa de que o Brasil dê um calote na dívida externa (default) é a menor em quase treze anos, quando o indicador Embi+ Brasil (Emerging Markets Bonds Index), também conhecido como Risco Brasil, criado pelo banco JP Morgan, passou a medir o desempenho dos títulos brasileiros em relação ao retorno de títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries).
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| Histórico Risco País | ||||
| Data | Embi+ | Risco Brasil | ||
| 02/01/04 | 404 | 450 | ||
| 03/01/05 | 358 | 385 | ||
| 03/01/06 | 239 | 302 | ||
| 02/01/07 | 171 | 194 | ||
| 9/04/07 | 163 | 156 | ||
Risco menor
A cada 100 pontos base, a diferença paga pela média dos títulos brasileiros em relação aos norte-americanos é de 1%. Desta forma, com o risco país em 156 pontos-base, o spread é de 1,56%.
Apenas à título de comparação, em 2002, quando o Brasil vivia a expectativa de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva não honrasse a dívida do país caso eleito presidente da república, o Risco Brasil chegou a bater 2.436 pontos base em setembro daquele ano, poucos dias antes do primeiro turno, ou seja, a diferença entre o título brasileiro e os Treasuries, naquele momento, era de aproximadamente 24%.