RGE Monitor: um ano após a queda de Lehman Brothers, o que mudou nos mercados?

Considerando as lições da crise, analistas listam alterações ocorridas ou não no período e veem que muito ainda está igual

Anderson Figo

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SÃO PAULO – O Lehman Brothers entrou para a história como o marco principal da crise. O trágico fim do quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos anunciou o cenário desolador que estava por vir nos anos seguintes.

No aniversário de um ano da queda do banco, o presidente norte-americano discursou para que Wall Street estivesse a favor de um plano de reforma regulatória para o sistema financeiro dos Estados Unidos.

Ao que tudo indica, um sentimento de que algo precisa mudar ocupa a mente dos norte-americanos, mas a ferida do maior defensor do capitalismo pelo mundo ainda está aberta. A resiliência das grandes corporações em sentirem-se limitadas pelo governo e a certeza de que não faltarão esforços para evitar suas falências colocam em cheque as lições deixadas pelo Lehman Brothers.

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Pelo mundo, governos se viram obrigados a adotar a uma série de medidas, que incluíam desde corte nos juros e impostos a injeções de capital, para amenizar os impactos negativos nas economias e evitar um colapso fatal.

Passado o pior da crise, o mundo já respira mais aliviado enquanto os países engrenam em uma lenta recuperação. Pelo mundo, a exemplo dos últimos encontros do G-20, fala-se em políticas macroeconômicas mais prudentes.

Considerando as lições da crise, a RGE Monitor listou o que mudou e o que se manteve inalterado na política financeira norte-americana e global, assim como as perspectivas pós-crise para as economias.

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O que mudou? O que não mudou?
“Os requisitos de capital (empréstimos) serão reforçados pelo mundo com bancos enfrentando maiores empecilhos. A maior parcela do patrimônio comum será obrigatória. Exigências de requesitos anticíclicos serão obrigatórias. A exigência de liquidez será considerada quando houver um indicio de alavancagem global” – Bank of International Settlements, 7/09/2009 “Muito grandes para falirem, os bancos agora estão ainda maiores e a alavancagem tem aumentado pelo mundo”
InvestorsInsight, 19/07/2009
“Além disso, os ministros financeiros juraram alinhar incentivos de remuneração com as performances no longo prazo dos bancos”- RGE Monitor, 15/09/2009 “Por enquanto, bancos se beneficiam de medidas implícitas e explícitas do governo, ao passo que uma resolução para todas as grandes instituições, a exemplo de Fannie e Freddie, tramita no Congresso (dos EUA) buscando por apoio político” – Dealbook, 8/09/2009
“Existe um novo consenso de que uma regulação central é necessária para reduzir potenciais riscos sistêmicos como a falência de um grande player”, – OTC Derivatives Central Counterparties “A ausência de qualquer mecanismo disciplinar representa um incentivo para os grandes players a engrenar em atividades de risco elevado” – Wall Street Journal, 9/09/2009
“Existe uma nova percepção de que os derivativos podem ter um impacto econômico”, – RGE Monitor, 15/09/2009 “‘Ativos podres’ ainda estão nos catálogos dos bancos. (…) O programa de investimento público-privado deve iniciar em outubro de 2009, mas ainda é incerto se os bancos vão querer vender (os ‘ativos podres’), considerando os subsídios do governo ou se os investidores irão querer se envolver em outro programa público” – Relatório do TARP, agosto de 2009