Reunião da Vale com governo de MG sobre Brumadinho, MRV vende empreendimento nos EUA, Light aprova oferta de ações e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (7)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Em destaque no radar corporativo desta quinta-feira (7), a MRV informou que concluiu a venda do empreendimento Deering Groves, em Miami, com valor geral de venda (VGV) de US$ 57 milhões.

Atenção ainda para a próxima audiência entre a Vale, o estado e as instituições de Justiça para acordo de reparação pelo rompimento da barragem em Brumadinho.

Já empresa de gás e energia elétrica Eneva teve expansão das reservas certificadas em 2020 nas bacias do Parnaíba e do Amazonas. A Petrobras elevará o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, em 6% a partir desta quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da empresa.

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A elétrica Light informou nesta quinta que o conselho de administração da companhia aprovou a realização de uma oferta pública de distribuição primária e secundária de 137.242.528 ações. Confira os destaques:

Vale (VALE3)

Representantes do governo de Minas Gerais e da Vale terão uma nova reunião nesta quinta-feira para buscar avanço em um acordo sobre Brumadinho.

Em declaração à Reuters, Mateus Simões, secretário-geral da administração estadual, disse que o governo de Minas Gerais espera fechar um acordo superior a R$ 28 bilhões junto à mineradora como reparação pelo desastre de Brumadinho, que deixou centenas de mortos em janeiro de 2019.

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“Nós temos nesse momento números colocados sobre a mesa, pelo governo do Estado, de R$ 28 bilhões por danos materiais…”, disse Simões, lembrando que uma ação na Justiça havia pedido outros R$ 26 bilhões por danos morais. “Então certamente o piso do começo das negociações tem que ser R$ 28 bilhões”, acrescentou Simões.

O governo de Minas Gerais tem pedido na Justiça indenizações totais de cerca de R$ 54 bilhões pelos danos materiais e morais relacionados ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019. O desastre deixou cerca de 270 mortos.

Procurada pela agência, a Vale afirmou que a reunião de quinta-feira entre as partes será fechada, e a próxima audiência de mediação na Justiça ainda não foi marcada. À Reuters, a mineradora disse que “ainda não há definição de valores”.

A melhor estimativa da Vale para os custos associados a Brumadinho, disse anteriormente uma fonte à Reuters que acompanha o caso, era de um total de R$ 29,6 bilhões, sendo R$ 19 bilhões em um potencial acordo global como o buscado junto ao governo de Minas e outros órgãos.

Segundo o secretário do governo mineiro, não há expectativa de que um acerto entre as partes ocorra necessariamente na quinta-feira, mas o Estado persegue um acordo ainda em janeiro.

“Continuamos acreditando que faz sentido que todas as partes cheguem a um acordo final e abrangente que ponha fim às disputas judiciais de Brumadinho. No entanto, o processo para chegar a um acordo final pode demorar um pouco mais e custar à Vale mais do que alguns participantes do mercado podem estar esperando. Acreditamos que provavelmente ficará acima da estimativa preliminar da empresa de US$ 1,4 bilhão. Em nosso modelo, incluímos um acordo adicional de US $ 4 bilhões (por exemplo, acima e além das disposições já tomadas) para um possível acordo no primeiro trimestre de 2021”, avalia o Morgan Stanley.

Suzano (SUZB3)

A Suzano anunciou um novo preço de US$ 600 a tonelada da celulose de fibra curta, uma alta de US$ 50 a tonelada, para vendas no Sudeste Asiático e Oriente Médio, com vigência imediata, aponta o Bradesco BBI, citando informações do site especializado RISI. As informações são de que o aumento foi impulsionado pelo aumento dos custos de remessa e pela disponibilidade limitada de remessa para algumas regiões.

No início de dezembro, a Suzano já havia definido um aumento de preço para US$ 550 a tonelada. As condições de mercado mais apertadas em algumas regiões e os custos de remessa mais altos criaram a base para os aumentos nos preços da celulose.

“A Suzano é nossa principal escolha no setor de papel e celulose da América Latina. Prevemos um mercado de celulose restrito em 2021, apoiado pelo crescimento da demanda (principalmente na China por enquanto, mas esperamos que se espalhe para outras regiões durante 2021, especialmente com o enfraquecimento da pandemia de Covid-19), preços de papel mais altos e oferta mais fraca do que a esperada. Projetamos preços médios de celulose de fibra curta em US$ 570 a tonelada em 2021 (para a China, valor líquido)”, aponta o BBI. Os analistas do BBI possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) com preço-alvo de R$ 70, o que configura um potencial de valorização de 21,70% em relação ao fechamento da véspera.

MRV (MRVE3)

A MRV informou nesta quarta-feira que concluiu a venda do empreendimento Deering Groves, em Miami, com valor geral de venda (VGV) de US$ 57 milhões. O ativo tem previsão de geração de caixa de US$ 21 milhões de dólares, com base no lucro operacional projetado após 12 meses de estabilização.

Esta é a primeira venda de um empreendimento da subsidiária da MRV nos EUA, a AHS Residential. O Deering Groves fazia parte de um grupo de sete empreendimentos, com um total de 1.450 unidades e cerca de US$ 306 milhões de VGV.

Cogna (COGN3)

A Cogna prestou esclarecimentos ao mercado diante da notícia veiculada no Jornal Valor Econômico nesta data e confirmou que se encontra em tratativas para potencial transação envolvendo tanto a compra quanto a venda de determinados ativos educacionais entre a Eleva Educação S.A, de um lado, e subsidiárias diretas ou indiretas da Cogna, de outro lado.

“A transação poderá envolver a venda de determinadas escolas controladas direta ou indiretamente pela Saber à Eleva, bem como a aquisição de sistema de ensino detido pela Eleva pela Somos Sistemas de Ensino S.A., sociedade controlada pela Cogna e pela Vasta Platform Limited. A Cogna e a Saber informam ainda que nenhum documento vinculante a respeito da transação foi assinado até a presente data e que não há qualquer garantia de que um acordo será alcançado entre as partes”, aponta a companhia em comunicado.

Klabin (KLBN11)

A fabricante de papelão e celulose Klabin precificou nesta quarta-feira uma captação de US$ 500 milhões em títulos sem garantia de 10 anos, informou o IFR, serviço da Refinitiv.

Com demanda de investidores de cerca de US$ 4 bilhões, a rentabilidade sugerida ao investidor caiu da faixa de 3,75% para 3,2%. Os papéis são atrelados a metas de sustentabilidade, como reutilização e reciclagem de água e a reintrodução e reforço de espécies aquáticas no ecossistema.

Os recursos da transação, feita por meio da subsidiária Klabin Austria GmbH, serão usados para refinanciar dívidas e propósitos corporativos gerais. A emissão é coordenada por Bank of America, Bradesco BBI, Citi, Itaú BBA, JPMorgan e Morgan Stanley.

Light (LIGT3) e Cemig (CMIG4)

A elétrica Light informou nesta quinta que o conselho de administração da companhia aprovou a realização de uma oferta pública de distribuição primária e secundária de 137.242.528 ações. A oferta, parte primária e parte secundária, vem em meio a um plano de desinvestimentos da Cemig, que tem 22,6% da Light e tem buscado vender alguns ativos para reduzir dívidas. O preço por ação será fixado após a coleta de intenções de investimento.

A Cemig, em comunicado em separado, informou que seu conselho de administração aprovou a venda de cerca de 68,62 milhões de ações ordinárias detidas pela companhia na elétrica fluminense Light.

A operação será realizada em meio a uma oferta pública de ações a ser promovida pela Light, na qual a companhia buscará a distribuição primária também de 68,62 milhões de ações ordinárias, explicou a estatal.  Com o movimento, a Cemig deixaria de ser acionista na Light.

São Martinho (SMTO3)

O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da São Martinho de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado), destacando que o rali dos preços de petróleo não foi totalmente precificado pela companhia produtora de açúcar e álcool. O preço-alvo foi elevado de R$ 26 para R$ 36, o que configura um potencial de valorização de 26% em relação ao fechamento da véspera, a R$ 28,67 – na última sessão, os papéis já haviam subido cerca de 5%.

“Acreditamos que a ação ainda não está refletindo a recente alta do preço do petróleo (com a reabertura da economia global mais o acordo da OPEP + para restringir a produção) e seu benefício nos preços do açúcar preços”, apontam, revisando a estimativa dos lucros para cima.

O Bradesco BBI também afirma que os preços do açúcar vêm subindo devido ao impacto do clima sobre as lavouras de cana em Tailândia e na Europa, além de vírus afetando lavouras na Europa. Por isso, há perspectiva de falta de 5 milhões de toneladas do produto em 2020 e 2021 e de 6 milhões no período de 2021 e 2022.

Em seu modelo, o banco afirma que incorporou um preço de US$ 55 por barril de petróleo, frente os US$ 45 por barril anteriores, e elevou em 25% a previsão de preços para o açúcar. Consequentemente, elevou a estimativa para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) em 17% para o período de 2020 e 2021 e de 27% para 2021 e 2022, cerca de 15% acima do consenso.

Na avaliação do banco, a perspectiva de alta do preço do petróleo deve levar a altas nos preços da gasolina no Brasil o que, por sua vez, abre espaço para a alta do preço do etanol. Consequentemente, o banco ampliou a previsão para o preço de etanol da São Martinho para R$ 2 por litro para o período de 2020/2021, e R$ 2,6 por litro para 2021/2022.

Braskem (BRKM5)

A petroquímica Braskem informou que sua controlada Braskem Idesa retomou parcialmente a produção de polietileno com base em um modelo de negócio experimental para a indústria plástica mexicana.

A empresa disse que tomou medidas legais dentro do contrato de fornecimento de etano com a Pemex, para preservar direitos no cumprimento de obrigações “visando a proteção do seu investimento no México”. As medidas preveem um período de remediação e negociação para buscar uma solução entre as partes.

A empresa acrescentou ainda que Idesa segue sujeita à interrupção do serviço de transporte de gás natural e não sabe quando haverá o retorno integral das suas atividades.

SLC (SLCE3) e Terra Santa (TESA3)

A SLC Agrícola recebeu aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição da totalidade da Terra Santa Agro, segundo publicação do órgão no Diário Oficial da União desta quinta-feira.

A SLC divulgou no final de novembro passado a assinatura de um memorando de entendimento com termos e condições para assumir as operações da Terra Santa Agro, em transação avaliada em R$ 550 milhões de reais.

O negócio envolverá uma reorganização societária prévia da Terra Santa Agro, que criará um veículo (TS LAndCo) para segregar ativos e passivos vinculados às propriedades rurais da companhia, que estarão excluídos da operação.

“Com isso, a presente operação abrange parcialmente as atividades da Terra Santa, focando-se nas atividades de produção e comercialização de soja, milho e algodão”, explicou o Cade em parecer sobre o negócio. Para o órgão, a compra “não levanta maior preocupações em termos concorrenciais” e foi aprovada em rito sumário, sem restrições.

A SLC informou em novembro que a compra da Terra Santa será feita por incorporação de ações e que a relação de troca na transação deverá considerar um valor líquido de R$ 65 milhões, enquanto o valor remanescente da operação equivale a assunção de dívida e/ou caixa.

Eneva (ENEV3)

A empresa de gás e energia elétrica Eneva teve expansão das reservas certificadas em 2020 nas bacias do Parnaíba e do Amazonas. As reservas de gás da empresa na bacia do Parnaíba, onde estão os seus principais ativos, fecharam o ano passado em 25,976 bilhões de metros cúbicos ante 24,072 bilhões de m³ no fim de 2019.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras elevará o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, em 6% a partir desta quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da empresa. Com o reajuste, o valor praticado pela Petrobras irá a R$ 35,98 por 13kg.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

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