Retorno de 737 Max fora dos EUA é desacelerado por reguladores

A Administração Federal de Aviação iniciou processo que levaria à reemissão de um certificado de aeronavegabilidade nos EUA para o Max em outubro

Bloomberg

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(Bloomberg) — Reguladores europeus e canadenses ainda discutem com a Boeing os últimos detalhes técnicos da atualização do 737 Max, o que deixa alguns clientes preocupados que a certificação em mercados críticos fora dos Estados Unidos possa ficar para o próximo ano.

Em uma rara boa notícia para a Boeing e sua linha de jatos aterrada, em 3 de agosto a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) iniciou um processo que poderia levar à reemissão de um certificado de aeronavegabilidade nos EUA para o Max em outubro.

No entanto, reguladores internacionais dizem que não estão prontos para seguir os mesmos passos. A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla em inglês) ainda espera por mais clareza da Boeing sobre uma atualização importante a ser realizada depois que o avião estiver novamente no ar, segundo pessoas a par do assunto.

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E a Transport Canada, em seus comentários mais detalhados até agora, disse na segunda-feira que suas preocupações não foram totalmente abordadas sobre como silenciar a ativação errônea do “stick shaker” do Max, que pode distrair pilotos e aumentar a carga de trabalho em caso de emergência.

Já a China, o segundo maior mercado de aviação do mundo, disse muito pouco sobre seu plano para avaliar o Max.

Ganhar a aprovação dos EUA até outubro poderia permitir que voos comerciais ocorram antes do fim do ano. Com isso, a Boeing finalmente começaria a gerar receita novamente com seu modelo mais vendido. O Max foi aterrado em março de 2019, após dois acidentes que mataram 346 pessoas.

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A EASA busca mais clareza da Boeing em seu cronograma para fazer as revisões depois que o Max retomar o serviço comercial, incluindo marcos para monitorar o progresso rumo à implementação, disseram duas pessoas.

No entanto, uma pessoa a par das discussões disse que isso não deve impedir a decisão da EASA de suspender a proibição de voos.

A Boeing havia dito que esperava a liberação do Max pela FAA ao longo do quarto trimestre.

“Continuamos a fazer progressos constantes para que o avião retome o serviço com segurança trabalhando por meio do rigoroso processo estabelecido pela FAA, EASA e outras autoridades”, disse a Boeing em comunicado. “A segurança continua sendo nossa prioridade e reguladores continuarão a determinar o cronograma de retorno ao serviço.”

Na semana passada, a FAA disse que o software reprojetado da Boeing “demonstrou conformidade” com os requisitos da EASA. Mas a EASA sinalizou que ainda havia problemas a serem resolvidos além da programação de voos de teste.

O Canadá também sinalizou que ainda não está confortável de que as mudanças traçadas pela FAA na semana passada tenham sido suficientes.

Na China, os principais órgãos responsáveis pela supervisão da indústria de aviação incluem a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, a Administração da Aviação Civil da China e a Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais.

As três agências não responderam a perguntas enviadas por fax sobre como a China determinará a aeronavegabilidade do avião e se as companhias aéreas domésticas planejam aceitar entregas.