Resumo Diário

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Lara Rizério

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Com forte volatilidade, o Ibovespa ganhou forças e fechou em alta de 0,49%, aos 59.604 pontos. No início do pregão, o índice teve forças amparado aos números chineses, chegando a apresentar alta de 0,50%. Entretanto, ele desacelerou, zerou os ganhos e voltou a ganhar forças, chegando a ter alta de 0,86%, mas logo desacelerou os ganhos, mas mesmo assim fechou no azul. Na semana, a alta foi de 1,91%, a terceira em alta. O giro financeiro foi de R$ 7,57 bilhões.

Os grandes destaques da sessão ficaram com as principais blue chips brasileiras, caso da Vale e da Petrobras. O iminente anúncio de venda de ativos pela Petrobras Argentina impulsionaram as ações ordinárias da petrolífera em 3,95%, aos R$ 20,55 e das preferenciais para 3,27%, aos R$ 20,21. Enquanto isso, os dados de indústria da China favoreceram as ações da mineradora, cujos papéis ordinários subiram 3,99%, aos R$ 41,20 e os preferenciais tiveram alta de 3,17%, cotado aos R$ 39,75.

 O HSBC divulgou que o PMI industrial chinês passou de 50,5 em novembro para 50,9 em dezembro, segundo dados prévios. Números acima de 50 indicam expansão da atividade industrial. Por aqui o IBC-Br, dado divulgado pelo Banco Central e considerado como uma prévia do PIB, mostrou alta de 0,36% em outubro.

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A semana
Durante a semana, o movimento também foi de intensa volatilidade, – intensificado pelo vencimento de opções sobre o índice na quarta-feira. No período, pesou tanto o mau humor do mercado internacional, – em meio às preocupações com o futuro político da Itália – quanto as melhores perspectivas para a situação fiscal nos EUA. Ainda na Europa, chama a atenção o andamento da oferta de recompra de dívida grega. Por fim, esteve a revisão da perspectiva de rating do Reino Unido para negativa, em um cenário que aponta para deterioração fiscal pior do que a esperada.

Em destaque, estiveram ainda as negociações sobre o abismo fiscal, em meio aos diversos dias em que o presidente da República, Barack Obama, e o presidente da Câmara dos deputados, John Boehner discutiram sobre o acordo. Na tarde de terça, por exemplo, as declarações de Boehner sobre o aumento de chances de um acordo geraram otimismo no mercado, fazendo o índice atingir o maior patamar desde outubro.

Na agenda norte-americana, destaque ainda para a reunião do Fomc, revelando que a autoridade monetária dará continuidade às compras de US$ 40 bilhões por mês em papéis lastreados em hipotecas.

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Altas e baixas
Além de Petrobras e Vale, também estiveram em destaque na sessão desta sexta-feira a forte alta dos papéis da Gol, com ganhos de 8,33%, aos R$ 10,79 – a maior do índice. Na ponta oposta, destaque para os papéis da Rossi Residencial com baixa de 6,67%, aos R$ 4,48.

Durante a semana, as ações da B2W registraram a maior alta pela terceira semana seguinte, com ganhos de 17,98%, aos R$ 18,31, enquanto os papéis ordinários e preferenciais da Usiminas tiveram as maiores baixas, com quedas respectivas de 7,65% e 7,80%, aos R$ 12,56 e R$ 11,46.

Agenda dos EUA e frigoríficos chamam a atenção
Durante a sexta-feira, o PMI Composto da zona do euro, que mede a atividade tanto da indústria quanto do setor de serviços, avançou de 46,5 para 47,3. Apesar do número abaixo de 50 ainda indicar contração, o número é uma sinalização de que o cenário para o próximo ano pode ser melhor, escreve em relatório Chris Williamson, economista-chefe do Markit.

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A agenda norte-americana para essa sexta-feira também foi movimentada. O CPI veio abaixo do esperado em novembro, enquanto a produção industrial superou as expectativas em novembro.

Vale prestar atenção, ainda, para os frigoríficos. Na véspera a China se juntou à África do Sul e ao Japão e também parou de importar carne brasileira, por conta de uma fêmea bovina que morreu em 2010 com um agente causador do mal da vaca louca. O governo brasileiro informou que enviará uma missão a esses três países para esclarecer sobre o caso. Entretanto, uma boa notícia para os frigoríficos: a Arábia Saudita reverteu a proibição de importação de carne no Brasil, informou o Minerva nesta sexta-feira.

Semana contou com dados positivos na Alemanha e na China
Já durante a semana, as atenções se voltaram ainda para a produção industrial da China, bem como as vendas no varejo, que superaram as previsões dos economistas no mês passado.

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Na Europa, as atenções se voltaram para o sentimento econômico na Alemanha, que registrou forte alta no mês de dezembro, graças a dados econômicos encorajadores dos Estados Unidos, entrando em território positivo pela primeira vez desde maio. Ainda no continente, o PMI Composto, que mede a atividade tanto da indústria quanto do setor de serviços, avançou de 46,5 para 47,3.

Dólar
O dólar comercial fechou em alta de 0,05% e terminando a R$ 2,0848 na venda.

Renda Fixa
As taxas dos principais contratos de juros fecharam em alta. O contrato de juros de maior liquidez nesta sexta-feira, com vencimento em janeiro de 2014, fechou aos 7,09%, com alta de 0,03 ponto percentual em relação à sessão anterior. 

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No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,02%, a 126,63% do valor de face. Já o indicador de risco-País fechou com queda de três pontos-base, aos 144 pontos ante 146 pontos da sessão anterior, registrando baixa de 1,37%.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.