Resultados, votação da Previdência e Brexit: o que você precisa acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na próxima semana

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após mais uma semana de alta, os próximos dias na Bolsa prometem ser bastante agitados, com uma agenda recheada de eventos e indicadores importantes, incluindo dados de inflação por aqui, além da expectativa pela reforma da Previdência e a votação do Brexit.

No campo político, na terça-feira (22) deve ocorrer a votação em segundo turno da Previdência no Senado. Apesar da crise entre governo e PSL, as projeções é que a votação não deverá ser impactada por isso.

Passada a Previdência, o mercado começará a olhar mais para a cessão onerosa e as reformas administrativa e tributária. Há ainda a expectativa pela divulgação da agenda econômica pós-reforma, que pode ocorrer nos próximos dias, mas que ficou complicada em meio ao atual enfrentamento entre Bolsonaro e seu partido.

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Ainda fica no radar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de que réus condenados em segunda instância sejam presos ou não, o que poderia beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O plenário suspendeu o caso na última quinta e deve ser retomada na manhã de quarta-feira (23).

Temporada de resultados

A partir de terça-feira (22), a temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre ganha força. O grande destaque ficará para a “super quinta-feira”, que após o fechamento da Bolsa contará com os balanços de duas das maiores empresas brasileiras: Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).

Na semana ainda saem os números de CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5), Ambev (ABEV3) e Lojas Renner (LREN3).

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Além disso, investidores ficam de olho nas precificações das ações dos IPOs do Banco BMG e da C&A, ambas na quinta-feira.

Brexit

No sábado (19), estava prevista a votação no Parlamento do Reino Unido sobre o recente acordo anunciado pelo primeiro-ministro Boris Johnson com a União Europeia.

Os parlamentares, porém, acabaram aprovando primeiro uma emenda que, em tese, obriga um pedido de adiamento do prazo. Esta emenda, apresentada pelo ex-legislador do Partido Conservador Oliver Letwin, determina que o acordo de Brexit só poderá entrar em vigor quando uma porção da legislação relacionada à saída for aprovada na Câmara.

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Veja também: Cronologia do Brexit: Um resumo sobre a saída do Reino Unido da UE

Como não há tempo hábil para que sejam debatidas estas regras, isso obriga Johnson a pedir o adiamento do prazo para a Comissão Europeia. Apesar disso, ele afirma que não solicitará a extensão da data do Brexit.

Com isso, o imbróglio continua e não existem certezas se haverá um Brexit sem acordo no dia 31 ou se Johnson irá ceder e pedir o adiamento. Os próximos dias serão decisivos para isso.

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Indicadores

Na agenda doméstica, destaque para o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação. A expectativa, segundo dados compilados pela Bloomberg é de uma leve alta 0,05% na comparação mensal, o que derrubaria o dado acumulado de 12 meses para 2,68%. O resultado poderia reforçar a visão do mercado de que a Selic pode cair para abaixo de 4,5% nos próximos meses.

No exterior, atenção para os PMIs manufaturas e de serviços e pedidos às fábricas nos Estados Unidos. Se estes indicadores corroborarem números anteriores que apontaram perda de vigor da
economia, apostas em cortes dos juros do Federal Reserve podem aumentar.

Na zona do euro ocorre ainda o encontro do Banco Central Europeu (BCE), seguido pela fala do presidente da instituição, Mario Draghi, que deixará o cargo em breve.

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Clique aqui e confira a agenda completa de indicadores.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.