Resultados, Petrobras e possível reajuste de preços e mais 7 notícias no radar

Entre os destaques, GP quer fechar capital da BHG pagando 36% a mais do que ela vale na Bolsa; Gafisa divulga prejuízo de R$ 851 mil no 2° tri

Paula Barra

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SÃO PAULO – A semana inicia agitada em meio à temporada de balanços corporativos. Na noite de sexta-feira, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou seu tão esperado resultado do segundo trimestre. A estatal viu seu lucro líquido cair 20% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, indo para R$ 4,959 bilhões, com forte aumento das despesas e menores ganhos com desinvestimentos.

O resultado ficou muito abaixo das expectativas de analistas ouvidos pela Reuters, que estimavam elevação do lucro para R$ 7,04 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre do ano, o lucro recuou 8%. Como o resultado foi reportado após o fechamento da Bolsa brasileira, o mercado acompanhou o desempenho dos ADRs (American Depositary Receipts) da estatal negociados na Bolsa de Nova York, que registrou no after market queda de cerca de 1%. É esperado que hoje os papéis sigam esse movimento na Bovespa nos primeiros minutos de pregão. 

Apesar do balanço ter decepcionado, José Eduardo Dutra, diretor corporativo da Petrobras, disse à Folha que a companhia está trabalhando com cenário de reajuste, mas não fez previsão para quando deve sair. 

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BHG
A Brazil Hospitality Group (BHGR3) terá uma oferta pública de ações para saída do Novo Mercado, em uma operação que avalia a companhia em R$ 1,2 bilhão. 
A BHG é controlada pela Latin America Hotels, que por sua vez é controlada pela GP Capital Partners IV, da GP Investments (GPIN33). 

A oferta é destinada aos acionistas não controladores da BHG e, portanto, LA Hotels, e indiretamente a GPCPIV, permanecerão com o seu investimento na BHG após a oferta, disse a GP em fato relevante. O preço a ser pago por ação na operação será de R$ 19, prêmio de 36,1% sobre o preço de fechamento desta sexta-feira, de R$ 13,96.

Marfrig
Os acionistas controladores da Marfrig (MRFG3) parecem ter aproveitado o rali de quase 70% das ações da companhia em 2014. Segundo relatório de posição consolidada divulgado nesta sexta-feira (8) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), eles venderam 3,316 milhões de ações da companhia ao longo de julho, o que reduziu sua participação de 32,09% para 31,45% no capital da empresa. As vendas foram realizadas pelas corretoras do Santander e do Fator entre os dias 3 e 18 do mês. Os controladores levantaram cerca de R$ 21 milhões com a alienação dos papéis.

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As ações da Marfrig ganharam destaque nesta sexta-feira, sendo a maior alta do Ibovespa, destoando do movimento negativo de seus pares na Bolsa – JBS, BRF e Minerva fecharam com quedas de mais de 1%. Embora a notícia de que a Rússia pretende comprar mais carne brasileira tenha sido vista como positiva para todo o setor, apenas a Marfrig reagiu positivamente, o que pode ser explicado pela forte movimentação de um investidor por meio da corretora do Morgan Stanley – o banco liderou as compras de MRFG3 e foi um dos que mais vendeu os papéis das outras três empresas no pregão.

O relatório CVM 358 de posição consolidada é um documento que as empresas de capital aberto são obrigadas a enviar ao órgão regulador brasileiro. O documento mostra a movimentação mensal que diretores e outros membros de alto escalão fizeram com as ações desta companhia.

Ambev
A Ambev (ABEV3) divulgou sua posição consolidada nesta noite e mostrou que seu conselho de administração adquiriu 17.562.390 ações da companhia durante o mês de julho. As operações ocorreram entre os dias 4 e 31 do mês passado, sendo que 8 das 10 operações ocorreram no último dia do mês. Vale destacar que 15.806.705 ações fizeram parte de uma subscrição. As operações movimentaram R$ 282.295.810,40.

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B2W
Além da Ambev, a B2W (BTOW3) também apresentou sua posição consolidada, sendo que os acionistas controladores da companhia compraram 176,9 mil ações da empresa, movimentando R$ 4,989 milhões entre os dias 1 e 7 de julho por meio da Itaú Corretora. Com isso, a participação destes acionistas passou de 62,97% para 63,09%.

Gafisa
A incorporadora Gafisa (GFSA3) divulgou na sexta-feira prejuízo líquido de R$ 851 mil para o segundo trimestre, em um resultado que veio abaixo do esperado por analistas e afetado pelo segmento de imóveis populares Tenda. 
O resultado, porém, veio melhor que o prejuízo de R$ 14,1 milhões sofrido um ano antes e abaixo da perda de R$ 39,8 milhões registrada nos três primeiros meses deste ano. 

A média de estimativas de analistas recolhida por pesquisa da Reuters indicava lucro líquido de R$ 20,8 milhões para a Gafisa no segundo trimestre. O balanço da companhia saiu depois que a concorrente PDG Realty (PDGR3) divulgou na semana passada prejuízo de R$ 135,9 milhões, também para o segundo trimestre.

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Alpargatas
A Alpargatas (ALPA3) teve lucro líquido de R$ 22,8 milhões no segundo trimestre de 2014, resultado 67,7% menor do que o do mesmo período de 2013. No acumulado do primeiro semestre, o lucro da companhia chegou a R$ 139,4 milhões, queda de 14,4% na comparação com o ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Alpargatas entre abril e junho foi de R$ 73,3 milhões, retração de 43,9% ante os mesmos meses de 2013. A receita líquida da Alpargatas no segundo trimestre foi de R$ 874,3 milhões, expansão de 5,2% ante o mesmo período de 2013. De janeiro a junho, a receita líquida acumulou R$ 1,747 bilhão, elevação de 9,5%.

HRT
A HRT (HRTP3) informou que recebeu correspondência do Aventti Strategic Partners comunicando que, em 6 de agosto de 2014, atingiu o montante de 1.906.190 ações ordinárias de emissão da companhia (pós-grupamento ou 19.061.900 pré-grupamento), equivalentes a 6,41% do capital social da empresa.

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“A Aventti informa que o aumento de sua participação no capital não representa o propósito de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia neste momento, e que não detém e não possui conhecimento de pessoas a ela ligadas que detenham debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição, direito de subscrição de ações ou opções de compra de ações de emissão da companhia, bem como que não celebrou quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da HRT”, disse a empresa em comunicado.

Suzano
A Suzano (SUZB5) informou que concluiu a aquisição da totalidade das quotas emitidas pela Vale Florestar Fundo de Investimentos em Participações. O preço total e as condições de pagamento permaneceram os mesmos divulgados em 4 de junho. Na ocasião, a companhia informou que o negócio sairia por R$ 528,9 milhões, sendo R$ 44,9 milhões pagos à vista e o restante em parcelas anuais e sucessivas de 10 a 15 anos. 

Café Iguaçu
A Café Iguaçu (IGUA3) comunicou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou a oferta pública a ser apresentada pela MBC Europe Limited, subsidiária integral da Marubeni Corporation, a todos os acionistas não controladores da companhia para aquisição da totalidade das ações ordinárias para cancelamento de registro de companhia aberta. 

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São Martinho
A São Martinho (SMTO3) comunicou ao mercado, mediante aprovação pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que concluiu o fechamento da operação com Luiz Ometto Participações e demais acionistas controladores pessoas físicas da Santa Cruz Açúcar e Álcool. Desta forma, o Grupo São Martinho adquiriu participação societária adicional por R$ 315,8 milhões, passando dos atuais 36,09% para 92,14% do capital social da Santa Cruz; alienou totalidade de suas ações da Agro Pecuária Boa Vista pelo montante de R$ 195,9 milhões; e celebrou contrato de arrendamento de cana de açúcar entre a Santa Cruz e a Agro Pecuária Boa Vista, por um período de 20 anos. O montante final a ser desembolsado pela São Martinho corresponderá a R$ 119,9 milhões, a serem pagos em 10 anos, corrigido pelo CDI.