Resultados de Braskem, Eneva, Ecorodovias; Vale aprova lista para Conselho, Rede D’Or eleva fatia na Qualicorp e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (11)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quinta-feira (11) tem como destaque os resultados de Braskem, Eneva, Ecorodovias, entre outras empresas. Ainda em destaque, a Vale aprovou nesta quarta-feira a lista de candidatos para a composição do Conselho de Administração durante o mandato de 2021 a 2023, e também deve repercutir a recuperação do minério de ferro. Também no radar, a Rede D’Or elevou novamente a sua participação na Qualicorp. Veja os destaques:

Vale (VALE3)

A Vale aprovou nesta quarta-feira a lista de candidatos para a composição do Conselho de Administração durante o mandato de 2021 a 2023.

Os nomes serão submetidos à assembleia geral da empresa, marcada para 30 de abril, quando serão eleitos 13 membros efetivos e um suplente.

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Dentre eles, um efetivo e seu suplente serão eleitos em votação separada, pelo conjunto dos empregados da companhia, ressaltou a nota.

Os indicados como membros independentes são: Clinton James Dines, Elaine Dorward-King, José Luciano Duarte Penido, Maria Fernanda dos Santos Teixeira, Murilo César Lemos dos Santos Passos, Manuel Lino Silva de Sousa Oliveira (Ollie Oliveira), Roger Allan Downey e Sandra Maria Guerra de Azevedo.

Como membros não independentes os candidatos são Eduardo de Oliveira Rodrigues Filho, Fernando Jorge Buso Gomes, José Mauricio Pereira Coelho e Ken Yasuhara.

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A Vale ainda informou que o executivo José Luciano Duarte Penido foi indicado para o cargo de presidente do Conselho, enquanto Fernando Jorge Buso Gomes concorre à vice-presidência.

Ainda no radar da companhia, os futuros de minério de ferro se recuperaram de baixas de quatro semanas nesta quinta-feira, em meio a dados que mostraram que os embarques mensais do ingrediente siderúrgico de Port Hedland, na Austrália, para a China caíram para uma mínima de dois anos.

O contrato mais negociado, para maio, na Bolsa de Commodities de Dalian da China DCIOcv1 saltou 5,6% para 1.093,50 yuans (US$ 168,34) a tonelada às 4h00 (horário de Brasília), após subir anteriormente para 1.095 yuans.

O contrato mais ativo de minério de ferro na Bolsa de Cingapura SZZFJ1 saltou 3,5% para US$ 164,20 a tonelada, se recuperando das perdas iniciais.

Os embarques de Port Hedland, o maior centro de exportação de minério de ferro do mundo, para a China totalizaram 30,73 milhões de toneladas em fevereiro, quando o maior produtor global de aço normalmente importa menos devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

Braskem (BRKM5)

A Braskem teve lucro líquido atribuível aos acionistas majoritários de R$ 846 milhões no quarto trimestre de 2020, ante prejuízo líquido de R$ 2,92 bilhões registrado no mesmo trimestre de 2019.

A petroquímica teve prejuízo líquido de R$ 6,69 bilhões em 2020, 139% maior ante o prejuízo líquido de R$ 2,79 bilhões em 2019.

A receita líquida foi de R$ 18,7 bilhões no quarto trimestre de 2020, alta de 48% ante o resultado do quarto trimestre de 2019. Em 2020, a receita da companhia foi de R$ 58,5 bilhões, alta de 12% sobre 2019.

Eneva (ENEV3)

Já a Eneva teve lucro líquido de R$ 686,5 milhões no quarto trimestre, alta de 88% na base anual. Enquanto isso, a receita líquida operacional totalizou R$ 1,22 bilhão, alta de 10% na mesma base de comparação.

A alta do lucro ocorreu com a maior demanda por suas térmicas e maiores preços de venda de energia, segundo apontou à Reuters o diretor de Finanças, Marcelo Habibe. O Brasil registrou maior crescimento de consumo de energia entre outubro e dezembro, comparado com o mesmo período de 2019, surpreendendo projeções oficiais, segundo o executivo.

Por outro lado, a hidrologia abaixo do esperado no fim do terceiro trimestre prejudicou o nível de armazenamento dos reservatórios, demandando um maior número de térmicas. O efeito combinado levou a uma alta dos preços de energia.

O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado ajustado (excluindo despesas com poços secos), atingiu R$ 614,7 milhões, impulsionado pelos maiores preços de venda de energia, despacho e menores custos operacionais.

A receita operacional líquida da companhia no quarto trimestre somou R$ 1,2 bilhão, alta de 10% ante o mesmo período do ano anterior. O executivo apontou ainda boas perspectivas para o resultado do primeiro trimestre, quando boa parte das térmicas permaneceram ligadas.

Em 2020, o lucro líquido atingiu R$ 1 bilhão, alta de 67,7% ante o ano anterior. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 1,617 bilhão, alta de 8,2%.

Ecorodovias (ECOR3)

A Ecorodovias teve crescimento do tráfego nas principais rodovias por ela administradas no quarto trimestre, mas uma grande baixa contábil levou a operadora de concessões de infraestrutura ao prejuízo. A companhia anunciou prejuízo de R$ 630,7 milhões entre outubro e dezembro, ante lucro de R$ 79,2 milhões no mesmo intervalo de 2019.

A última linha do resultado foi afetada por uma baixa contábil de R$ 616 milhões referente ao contrato de concessão do Ecoporto Santos, que não foi prorrogado. A companhia contava com a prorrogação do contrato por mais 25 anos, mas o Ministério da Infraestrutura negou o pedido.

Em termos recorrentes, a Ecorodovias teve lucro de R$ 55,3 milhões no trimestre, ainda assim uma queda de 39,2% ano a ano, afetada pelos efeitos da pandemia da Covid-19. O tráfego consolidado de veículos cresceu 2,8% com o início da cobrança de pedágio na Ecovias do Cerrado. Assim, a receita líquida pró-forma atingiu R$ 831,8 milhões, alta de 3,5%.

Isso refletiu o maior movimento de veículos pesados na Ecovias dos Imigrantes, Ecocataratas e Eco050, impulsionado por expansão das exportações de soja e celulose. Mas isso não foi suficiente para compensar perdas com o tráfego dos veículos de passeio. Em termos comparáveis o tráfego nas rodovias caiu 1,7%.

Com isso, o resultado operacional medido pelo Ebitda pró-forma totalizou R$ 550,1 milhões, queda de 7,1%, com a margem recuando 7,6 pontos percentuais, para 66,1%. Os custos operacionais e despesas administrativas somaram R$ 744,2 milhões, queda de 6,2% devido principalmente à redução do custo de construção, provisão para manutenção, depreciação e amortização.

O Credit Suisse destacou que o resultado ficou em linha com suas previsões. Os resultados contabilizam o impairment de R$ 616 milhões na Ecoporto e R$ 72,6 milhões em penalidades da Eco101. O Ebitda ficou 2% abaixo da estimativa do Credit. A receita líquida recorrente ficou 6% abaixo de suas estimativas.

O banco avalia que os volumes se recuperaram rapidamente, e que as concessões contribuirão com lucro Ebitda de cerca de R$ 67 milhões em 2021. O Credit Suisse mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 17,7, frente aos R$ 10,65 negociados na quarta (10).

Sinqia (SQIA3)

A Sinqia teve lucro líquido de R$ 3,08 milhões no quarto trimestre de 2020, valor quase 16 vezes maior que em igual período de 2019, de R$ 193 mil. No acumulado do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 4,95 milhões, revertendo prejuízo de R$ 4,57 milhões em 2019.

A receita líquida teve alta de 22,8% no trimestre na base de comparação anual, a R$ 59 milhões; a alta no ano foi de 19,9%, aos R$ 209,99 milhões.

No trimestre, a companhia registrou recorde na carteira de contratos, com R$ 175,2 milhões, em alta de 18,9%, com reajustes contratuais, performance comercial favorável, e consolidação da Tree e da Fromtis.

O Ebitda foi de R$ 10,59 milhões no quarto trimestre, alta de 180,7% na base anual. No acumulado do ano passado, o Ebitda da Sinqia subiu 129,3%, com R$ 30,03 milhões.

O Credit Suisse avaliou os números como positivos. O banco destacou que a receita líquida subiu 23% na comparação anual e 14% em relação ao terceiro trimestre, ficando 3% acima de suas estimativas. A alta foi impulsionada pela divisão de software.

A receita do setor foi de R$ 35 milhões, alta de 31% na comparação anual, e de 9% frente ao trimestre anterior, ficando 6% acima da estimativa do Credit.

O crescimento se receitas se acelerou a 18% na comparação anual, e 12% frente ao trimestre anterior. O Ebitda de R$ 11 milhões representou um crescimento de 65% na comparação anual, e de 47% na trimestral, ficando 6% acima da estimativa do Credit. Ele implica uma margem de 18%.

O banco avalia que os resultados fortes nas divisões de serviços e software devem contribuir para a continuidade do ritmo de crescimento, com perspectiva de fusões e aquisições que podem impulsionar a valorização dos papéis.

O Credit mantém recomendação neutra (perspectiva de valorização dentro da média do mercado) e preço-alvo de R$ 25, frente aos R$ 20,44 negociados na quarta (10).

Trisul (TRIS3)

No quarto trimestre, a Trisul teve lucro 27% maior no quarto trimestre de 2020 na base anual, a R$ 55 milhões.

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A Trisul fechou o ano com alta de 21% em seu lucro líquido, a R$ 170 milhões, e crescimento de 10% na receita líquida, para R$ 878,9 milhões.

O Bradesco BBI destacou que o guidance (projeções e projetos para determinado período) da companhia foi atingido. As vendas atingiram o recorde de R$ 230 milhões no trimestre, e de R$ 784 milhões no ano, com a velocidade das vendas em linha com o mesmo período de 2019, apesar de estar 4,4 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior.

O banco mantém avaliação de outperform, e preço-alvo de R$ 15, frente aos R$ 9,33 de fechamento da véspera.

Simpar (SIMH3)

O Bradesco BBI comentou os resultados divulgados pela Simpar para o quarto trimestre. O Ebitda de R$ 700 milhões representou alta de 14,5% na comparação anual, e ficou 2% acima da expectativa do Bradesco, e 3% acima daquela do mercado, impulsionado pela Movida e pela VAMOS.

Além disso, o custo menor da dívida contribuiu para um resultado financeiro líquido menor na comparação anual, apesar de dívida maior. Assim, os rendimentos ficaram 63% acima da estimativa do Bradesco e 71% acima daquelas do mercado.

O Bradesco BBI mantém avaliação de outperform e preço-alvo de R$ 57, frente aos R$ 32,93 de fechamento na quarta (10).

Qualicorp (QUAL3) e Rede D’Or (RDOR3)

Em menos de um mês, a Rede D’Or aumentou novamente sua participação na Qualicorp, agora de 22% para 25%, ante 10% em 2019.

“Embora endosse a crença no valor da empresa, o aumento progressivo da participação sinaliza uma possível interferência futura”, avalia o Credit Suisse.

Já o Bradesco BBI vê esse como um movimento para proteger o controle de uma empresa que acreditam ter um papel importante na distribuição de produtos à escala nacional. “Vale ressaltar que acreditamos que a Qualicorp é um ativo importante para a Rede D’Or: i) o acesso à distribuição nacional da Qualicorp deve ajudar a Rede D’Or e seus parceiros operacionais de saúde a se deslocarem para novas regiões; e ii) Qualicorp garante acesso às informações do cliente final para a Rede D’Or para melhor entender as tendências dos beneficiários”, avaliam. A recomendação do BBI tanto para a Rede D’Or quanto para a Qualicorp é outperform, com preços-alvos respectivos de R$ 82,00 e R$ 39,00, respectivamente.

Sequoia (SEQL3)

O Itaú BBA iniciou a cobertura para as ações da Sequoia com uma recomendação outperform (desempenho acima da média) e um valor justo no ano de R$ 36,70 por ação.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A Eletrobras teve decisão desfavorável no julgamento dos Embargos de Declaração pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O recurso tratava da responsabilidade solidária da União nos processos referentes às diferenças de correção monetária e expurgos inflacionários no âmbito do Empréstimo Compulsório de Energia.

A estatal afirma que vai prosseguir discutindo o tema juridicamente e aguardará a publicação no Diário Oficial. Ainda segundo a companhia, a decisão do STJ não altera as demonstrações financeiras e os valores já provisionados para este fim.

A Eletrobras completa afirmando que permanecerá defendendo que a União é responsável solidária nos processos dos credores do Empréstimo Compulsório.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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