Tenda (TEND3) reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 67 milhões no primeiro trimestre

Apesar de aumentar preço médio de unidades, companhia registrou recuo das suas margens brutas e Ebitda

Vitor Azevedo

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A Tenda (TEND3) registrou um prejuízo líquido de R$ 67 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro líquido de R$ 36,9 milhões do mesmo período de 2021.

O pior resultado acompanha a queda de 3,6% da receita líquida na base anual, para R$ 581,4 milhões, sendo R$ 571,1 milhões provenientes da controlada que leva o mesmo nome da holding e R$ 10,3 milhões provenientes da Alea.

A Tenda viu suas vendas brutas recuarem 8,4% na mesma comparação, para R$ 744 milhões e os distratos ainda cresceram 6,4 pontos percentuais, para 19,7%.

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A queda das vendas acompanha o menor número de lançamentos da holding, com o Valor Geral de Vendas (VGV) recuando 23% no ano, para R$ 467 milhões.

Em parte, o número menor de vendas se dá pelo repasse de preços da construtora – o preço médio de uma unidade da Tenda aumentou 14% no ano, chegando a R$ 162 mil. Com maiores preços, a Tenda viu ainda seu estoque avançar 8,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2021, para R$ 1,7 bilhão.

Mesmo tendo aumentado seu preço médio, a Tenda viu sua margem bruta recuar 12 pontos percentuais na base anual, chegando a 18,1%. O lucro bruto recuou de R$ 178,9 milhões para R$ 108,9 milhões.

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A construtora registrou R$ 64 milhões em despesas com vendas, R$ 48 milhões em despesas gerais e administrativas e R$ 11,3 milhões com “outras despesas” – com destaque para demandas judiciais, com R$ 8,1 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ficou negativo em R$ 11,1 milhões, ante saldo positivo de R$ 65,9 milhões entre janeiro e março do ano passado. A margem Ebitda ficou negativa em 1,9%, recuando 13%.

O resultado financeiro da Tenda subtraiu ainda R$ 37,5 milhões do balanço da construtora, alta de 296,7% na base anual. “O desempenho tem sido prejudicado dado que a rentabilidade das aplicações (benchmark100% CDI) sobre uma posição de caixa livre menor não estão conseguindo fazer frente ao custo de dívida que vem aumentando”, explica a companhia no documento publicado na noite desta quarta-feira (11).

A Tenda fechou março com uma dívida líquida de R$ 596,6 milhões, frente a R$ 331,8 milhões em dezembro e a R$ 38 milhões no mesmo mês de 2021. A construtora tem, segundo suas projeções, R$ 1,14 bilhão em contas a receber e R$ 373 milhões como resultados a apropriar.

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