Nubank (NUBR33) registra prejuízo de US$ 29,9 milhões no 2º tri de 2022, mas lucra em termos ajustados

Companhia divulgou seus resultados nesta segunda-feira (16)

Equipe InfoMoney

(Imagem: Reprodução/ Facebook/ Nubank)

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O Nubank (NYSE:NU; B3:NUBR33) registrou prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 96,7% em relação ao saldo negativo registrado um ano antes (de US$ 15,2 milhões).

O resultado líquido ajustado, porém, resultou em lucro de US$ 17 milhões. A cifra representa uma alta de 3,03% em relação aos R$ 16,5 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. O número é ajustado por despesas com remuneração baseada em ações e efeitos tributários.

Na teleconferência sobre os resultados, o fundador do Nubank, David Vélez, afirmou que o banco tem “mantido a capacidade de reinvestir lucro na expansão e melhorias nas operações, incluindo as do México e Colômbia”.

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A receita da companhia foi de US$ 1,157 bilhão no período, um crescimento de 244% em comparação ao segundo trimestre de 2021. As despesas com provisões para perdas de crédito se mantiveram estáveis em 3%.

O banco digital terminou o segundo trimestre com 65,3 milhões de clientes, alta de 56,6% em comparação com um ano antes. A carteira de clientes ativos ficou em 52,3 milhões ante 29,9 milhões um ano antes. A taxa de atividade ficou em 80% ante 72% no segundo trimestre de 2021. A receita média mensal por cliente ativo mais que dobrou, para US$ 7,8.

A carteira total de crédito do Nubank chegou a US$ 9,2 bilhões no período. Do total, US$ 7,1 bilhões corresponde ao cartão de crédito e US$ 2,1 bilhões ao crédito pessoal.

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“Nós temos muita liquidez no nosso balanço. Nossa única limitação é o nosso apetite de subscrição de crédito, que está 100% sobre nosso controle. Nós escolhemos ser um pouco mais seletivos no segundo trimestre, mas também optamos por reprecificar nossos produtos de forma mais agressiva”, afirmou Guilherme Lago, CFO do Nubank em teleconferência sobre os resultados da empresa.

Os depósitos totalizaram US$ 13,3 bilhões, um crescimento de 77% na comparação entre os períodos. A empresa destacou que as captações foram feitas com custo abaixo do CDI, taxa livre de risco Brasil, resultando em “um excedente de liquidez significativo”.

O CFO diz que o Nubank deve continuar crescendo em níveis mais altos do que a média do mercado, mas vai continuar sendo “seletivo e conservador”. Da base total de clientes, cerca de 4 milhões possuem empréstimo pessoal e mais de 11 milhões estão elegíveis a adquirir o financiamento.

A inadimplência de empréstimos de 15 a 90 dias ficou estável na comparação com o primeiro trimestre em 3,7%, “sugerindo que o ciclo de normalização após a pandemia de Covid pode estar chegando ao fim”, diz o texto que acompanha o resultado. A inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, aumentou de 3,5% para 4,1%, de acordo com as expectativas do banco.

“Nossa expectativa de base para o resto de 2022 é que nosso índice de inadimplência precoce, de 15 a 90 dias, permaneça estável se não houver alterações substanciais em nossa estratégia de subscrição ou no ambiente de negócios”,  disse Lago.

No segundo trimestre, o Nubank implementou uma nova metodologia que antecipou a baixa de empréstimos pessoais em atraso de 360 para 120 dias, enquanto a da cartões permaneceu em 360 dias. “Tais mudanças não têm nenhum impacto no resultado, pois essas baixas já haviam sido totalmente provisionadas”, diz o texto que acompanha o resultado banco. Os executivos afirmam que a prática é mais comum entre os bancos em todo o mundo.

O saldo de provisões terminou o segundo trimestre em US$ 968 milhões, aumentando mais de 15% em relação ao trimestre anterior. “O crescimento da carteira de crédito foi responsável por cerca de 85% do aumento das provisões”, disse o Nubank.

O volume de compras com cartão foi de US$ 20 bilhões, aumento de 94%. “Esse aumento foi decorrente tanto do crescimento da base de clientes quanto do amadurecimento das safras de clientes atuais e da maior utilização da carteira de produtos do Nu, composta de cartões de crédito, cartões pré-pagos, cartões Ultravioleta e cartões com garantia”, explicou a empresa, no texto que acompanha os resultados.

Lago explica que o índice de inadimplência de mais de 90 dias é uma métrica de estoque de atraso, mais do que de fluxo, por isso deve demorar mais tempo para estabilizar, e deve continuar subindo nos próximos trimestres.

Já os custos dos serviços financeiros e transacionais deu um salto, passando de US$ 177,2 milhões no segundo trimestre de 2021 para US$ 794 milhões.

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