Cosan (CSAN3) registra baixa de 94,6% no lucro ajustado no 2º tri de 2022, para R$ 53,6 mi

Lucro foi impactado por despesas financeiras adicionais, sem efeito caixa, no corporativo, e pela alta na taxa de juros

Felipe Moreira

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A Cosan (CSAN3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 53,6 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 94,6% menor do que a reportada na mesma etapa de 2021, informou a companhia nesta sexta-feira (12).

Sem levar em conta os ajustes, o prejuízo seria de R$ 125 milhões no segundo trimestre, ante dado positivo de R$ 996,6 milhões em igual período do ano anterior. Segundo a companhia, o desempenho foi impactado por despesas financeiras adicionais, sem efeito caixa, no corporativo, e pela alta na taxa de juros que, consequentemente, elevou o custo do endividamento em todos os negócios do grupo.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 4,144 bilhões no 2T22, um crescimento de 34,5% em relação ao 2T21.

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“O resultado foi impulsionado pelo excelente desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, destacando, na Raízen, os volumes comercializados superiores, com maior rentabilidade”, comenta a empresa.

A receita líquida somou R$ 42,776 bilhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 69,4% na comparação com igual etapa de 2021.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,255 bilhão no segundo trimestre de 2022, revertendo ganhos financeiros de R$ 101,2 milhões na mesma etapa de 2021.

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Os investimentos consolidados da Cosan, em base pró-forma, encerraram o trimestre em R$ 2,0 bilhões (+19%), devido, principalmente, ao aumento na Raízen (+2x), que pode ser explicado pela incorporação da Biosev, pelo aumento dos dispêndios nos canaviais, em linha com o foco na jornada da melhoria de produtividade agrícola, e aceleração da construção da planta de E2G.

O consumo de caixa para acionistas (FCFE), foi de R$ 331 milhões no período, comparado a geração de R$ 794 milhões no 2T21. A variação entre trimestres pode ser explicada principalmente por efeitos sazonais afetando o capital de giro da Raízen, bem como pelo acréscimo dos investimentos, em função da incorporação da Biosev e aceleração dos projetos de Renováveis, parcialmente compensados pela geração de caixa operacional superior dos demais negócios.

Em 30 de junho de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 38,212 bilhões, um crescimento de 37,7% na comparação com a mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,4 vezes em junho/22, queda de 0,3 vez em relação ao mesmo período de 2021.

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