BRF (BRFS3) tem prejuízo líquido de R$ 468 milhões, alta de 94,9% no ano e acima do consenso

Apesar de maior faturamento, dona da Sadia e Perdigão viu também custos e despesas aumentando na base anual

Vitor Azevedo

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A BRF (BRFS3) teve um prejuízo líquido de R$ 468 milhões no segundo trimestre de 2022, número 94,9% maior do que o prejuízo de R$ 240 milhões do mesmo período de 2021.

A receita líquida da companhia, segundo documento publicado na noite desta quarta-feira (10), foi de R$ 12,9 bilhões, crescendo 11,2% no ano. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi positivo em R$ 897 milhões, recuando 30,7% na mesma comparação.

O consenso Refinitiv com analistas projetava prejuízo de R$ 197 milhões, Ebitda de R$ 1,293 bilhão e receita de R$ 13,13 bilhões no trimestre.

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O maior faturamento da BRF se deu impulsionada pelo avanço do preço nos mercados internacionais, com destaque para os segmentos Halal DDP e para as exportações diretas. Além disso, a companhia aponta também que realizou um maior repasse de custos no mercado interno e viu seu faturamento com os segmentos de ingredientes e PET Food aumentar.

A empresa exportou 478 mil toneladas entre abril e junho deste ano, alta de 4,2% na comparação com o segundo trimestre de 2021. No brasil, os volumes vendidos, no entanto, caíram 4%, para 547 mil toneladas, – com o preço médio saltando 12,4%.

O custo dos produtos vendidos chegaram a R$ 10,9 bilhões, subindo 15% na base anual.

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“Na comparação com o segundo trimestre de 2021, observamos aumento do custo unitário principalmente pelo aumento do preço dos grãos, do custo da mão de obra, dos preços dos combustíveis e dos preços das embalagens”, comenta a companhia.

As despesas operacionais, por sua vez, saltaram de R$ 1,63 bilhão para R$ 1,84 bilhão, com maiores gastos das despesas com vendas.

Por fim, a BRF teve seu faturamento impactado também por um resultado financeiro líquido negativo em R$ 610 milhões, pouco menor do que R$ 759 milhões do fechamento de junho anterior – as despesas financeiras saltaram 12,7%, para R$ 894 milhões, mas as receitas cresceram 118,6%, para R$ 183 milhões.

A empresa fecha o segundo trimestre com uma dívida líquida de R$ 14,2 bilhões, queda de 3,5% na base anual mas subindo 13,3% na trimestral.

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