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A B3 (B3SA3) registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2022, número 12,3% menor do que o R$ 1,25 bilhão registrado no mesmo período do ano passado.
O recuo do lucro é explicado, em parte, pela queda da receita líquida da companhia, que caiu 4,7% na mesma base, para R$ 2,28 bilhões. “A queda no faturamento total é explicada, principalmente, pela baixa na receita dos segmentos Listado e Infraestrutura para financiamento, apesar do crescimento nos demais segmentos”, explica a B3 no documento publicado na noite desta quinta-feira (12).
A operação de listados, responsável pela maior parte da receita da companhia, caiu em bloco. A negociação de ações à vista, por exemplo, viu o seu volume médio diário de negociações (ADTV, na sigla em inglês) recuar 15,3% na base anual, para R$ 31,8 bilhões. Nas opções, o ADTV recuou 13,4%, para R$ 801,5 milhões, e no termo de ações a baixa foi de 39,7%, com o ADT ficando em R$ 251,4 milhões.
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Além de ter visto as operações diminuindo a B3 pontua também que mudou sua política de tarifação – reduzindo as taxas para “compartilhar com o mercado os ganhos de sua alavancagem operacional”.
Do outro lado, a B3 viu suas despesas do primeiro trimestre crescerem 29,5% na comparação com igual período de 2021, chegando a R$ 856,4 milhões. Destaque para os maiores gastos com processamento de dados, com alta de 66,8% no ano, para R$ 116,1 milhões, e para os gastos com pessoal e encargos, que subiram 36,7%, chegando a R$ 311,5 milhões.
Segundo a B3, os maiores gastos com dados se justificam por conta do desenvolvimento de novas iniciativas. O avanço das despesas com pessoal, por sua vez, engloba a inclusão da Neoway (adquirida no ano passado), novas contratações e correção anual dos salários.
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Com gastos avançando e receita caindo, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da B3 recuou 11,5%, para R$ 1,72 bilhão, com a margem Ebitda saindo de 83,1% para 75,4%.
A B3, por fim, registrou um resultado financeiro positivo em R$ 229 milhões, revertendo prejuízo financeiro de R$ 43,8 milhões do primeiro trimestre de 2021. A companhia viu suas receitas financeiras aumentarem por conta da alta das taxas de juros e pelo aumento do caixa, com maiores endividamentos – que também fizeram as despesas financeiras dispararem 386,1%, para R$ 347,1 milhões.
A B3 fechou março com um endividamento bruto de R$ 13,5 bilhões.
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B3 altera guidance para 2022
A B3 anunciou ainda que alterou algumas de suas projeções para 2022. Os gastos com novas iniciativas e negócios, que incluem parte das despesas (com investimentos em pesquisas mais dinâmicos) e o Capex, saíram do intervalo de R$ 380 e R$ 440 milhões para algo entre R$ 585 e R$ 665 milhões.
Os gastos com depreciação e amortização, por sua vez, saíram do intervalo de R$ 990 milhões e R$ 1,045 bilhão. As despesas atreladas ao faturamento, por fim, saíram do período entre R$ 255 e R$ 305 milhões para R$ 265 e R$ 325 milhões.
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