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A Renova Energia (RNEW11) ajuizou pedido de recuperação judicial em São Paulo na noite da terça-feira, 15, em caráter de urgência, e do com a anuência dos controladores Cemig (CMIG4) e CG I FIP Multiestratégia.
Após o pedido, as units RNEW11, fecharam em queda de 20,67% a R$ 11,74. Na mínima do pregão, a baixa foi superior a 25%. No mês de outubro, a queda registrada pelos papéis é de 41,3%.
Das várias empresas relacionadas, ficaram de fora do pedido da recuperação judicial dois projetos, por serem considerados operacionais e financeiramente equacionados: Brasil PCH, que possui 13 pequenas centrais com contratos firmados de longo prazo, e garantia de receitas e de rentabilidade, sendo que em 2019 já distribuiu R$ 86 milhões de dividendos ao Grupo Renova; e Enerbrás e sua subsidiária Energética Serra da Prata (ESPRA), com 3 PCHs em operação, que gera em média R$ 20 milhões em dividendos por ano.
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O pedido de recuperação ajuizado contempla obrigações de R$ 3,1 bilhões, praticamente todo com bancos e demais credores; e uma parte trabalhista, de R$ 11,7 milhões. Como detalha a petição inicial de recuperação judicial, elaborada por Felsberg Advogados, do total da dívida R$ 834 milhões correspondem a débitos intercompany e R$ 980 milhões a débitos com seus atuais acionistas.
Ainda na peça está destacado que o maior vetor de geração de riqueza do Grupo Renova é a expertise em desenvolver projetos eólicos, com cerca de R$ 600 milhões em sua carteira de projetos.
O plano de recuperação judicial será apresentado a Assembleia Geral de Credores, a ser convocada, e “pretende restabelecer seu equilíbrio econômico-financeiro e honrar os compromissos assumidos com seus diversos stakeholders e, em um futuro próximo, retomar uma trajetória de crescimento sustentável, dentro das reais possibilidades operacionais e financeiras da Renova e de seus acionistas”, segundo o fato relevante.
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(Com Agência Estado)