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A Lojas Renner (LREN3) realizou seu Investor Day 2025, apresentando um novo plano estratégico de cinco anos até 2030. A administração está concentrada em acelerar o crescimento da receita, gerar ganhos consistentes de margem por meio de eficiência e alavancagem operacional e alcançar maiores retornos, com meta de payout total, incluindo recompra de ações, entre 50% e 80%. Às 12h50 (horário de Brasília), as ações da companhia recuavam 3,58%, a R$ 13,73.
Embora ambicioso, o Goldman Sachs considera viável o limite inferior dessa projeção. O limite superior da orientação implicaria um potencial acumulado de cerca de 35% de alta para o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) projetado para 2030 (ou 6% ao ano). O crescimento da receita e das margens será impulsionado pela continuidade na expansão de lojas, aumento da produtividade (por repasse de inflação, mix de produtos e volumes) e controle disciplinado de despesas, contribuindo para a alavancagem operacional.
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Em termos de expansão da área de vendas, o Goldman Sachs projeta um crescimento médio anual de 4,7% na área de vendas e 4,4% ao ano em produtividade no período 2026–2030, ligeiramente acima da inflação, à medida que as lojas amadurecem, acima das estimativas anteriores de 3,0% e 4,1%.
Quanto à abertura de novas lojas, a Renner planeja, em média, 28 novas unidades líquidas por ano entre 2026 e 2030 (ante 8 por ano em 2023–2025), com foco em cidades menores ainda não atendidas pelo formato, minimizando riscos de canibalização e maximizando o potencial de incremento de vendas digitais na região de influência, estimado entre 10% e 20%, segundo dados da empresa sobre aberturas anteriores.
De forma geral, o JPMorgan saiu com uma visão construtiva de longo prazo sobre a companhia, especialmente porque desta vez houve uma perspectiva mais quantitativa do que nas edições anteriores. Ainda assim, devido às tendências erráticas dos últimos trimestres e ao cenário de curto prazo desafiador, o banco acredita que o mercado provavelmente aguardará resultados mais concretos antes de levar as projeções da empresa ao pé da letra.
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O Bradesco BBI, por sua vez, considera a estratégia sólida, com foco em infraestrutura e capacidades desenvolvidas nos últimos anos, embora mantenha cautela quanto à execução e riscos macroeconômicos.

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Já a XP destaca que distribuição de lucros permanece central, com JCP como principal mecanismo, complementada por dividendos ou recompra de ações.
A Realize busca fortalecer operações suas próprias operações e melhorar sua proposta de valor, enquanto novos conceitos oferecem opcionalidade de crescimento. A XP mantém visão positiva para 2026, especialmente pelo potencial do novo centro de distribuição, embora haja cautela com o 4T25 devido a ventos contrários climáticos e riscos de canibalização da Black Friday.
O BTG destacou a confiança da Renner nos pilares estratégicos: varejo orientado por dados, expansão disciplinada e omnicanalidade.
O BTG ressaltou a plataforma estratégica robusta, CRM avançado e jornada digital com inteligência artificial (IA), aumentando conversão e ticket médio. O ciclo de moda foi encurtado em 26%, com ganho de produtividade de fornecedores e margem bruta adicional de 1,5 ponto percentual (p.p.), apoiado por 60% de nearshoring. O plano de expansão foca em novas cidades e formato “Re+ Essencial”, com taxa interna de retorno (TIR) estimada em 27%. Para 2025, o desempenho foi volátil, com expectativa de recuperação gradual em 2026.
Revisão de estimativas
O Itaú BBA prevê uma implementação mais acelerada das lojas da Renner e das unidades YouCom, bem como uma penetração omnicanal ligeiramente maior e uma melhor diluição de despesas em comparação com o modelo anterior, em linha com a nova faixa de projeção da administração.
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O BBA elevou suas projeções de margem EBITDA de varejo de 2026 a 2030 em cerca de 1,4 ponto percentual, para 17,1% em 2030, e aumentou a taxa de crescimento anual composta (CAGR) da receita de 2026 a 2030 para 7,7%, ante 7,2% anteriormente.
Já as projeções de despesas de capital se aproximam da faixa de 6% a 7,5% da receita de varejo fornecida pela empresa, e agora assume um payout médio de aproximadamente 75% para o período de 5 anos (incluindo recompras de ações).
Recomendações
O BTG e Goldman Sachs reiteraram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 22 e R$ 21.
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O Itaú BBA, por sua vez, manteve recomendação market perform (desempenho igual a média do mercado, equivalente à neutro) para as ações e reduziur o preço-alvo de R$ 19 para R$ 16. O banco disse preferir aguardar maior clareza sobre as tendências do quarto trimestre e primeiro semestre de 2026 antes de revermos sua posição. O JPMorgan também reiterou classificação neutra e preço-alvo de R$ 17 para Loja Renner, com as ações negociando a 9 vezes P/L estimado para 2026.