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SÃO PAULO – Os contratos futuros de DI subiram nesta quinta-feira (7) após falas do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante evento em São Paulo. O chefe da autoridade comentou que não trabalha com a hipótese de redução da Selic e que o cenário de inflação ainda é “desafiador”, apesar de fatores desinflacionários que vão continuar no futuro.
“(Não há) hipótese de flexibilização da política monetária”, afirmou ele. Com isso, os juros futuros ganharam força, com os contratos futuros para janeiro de 2017 subindo 4 pontos-base a 13,88%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 registrou alta de 3 pontos-base a 14,16%.
Na semana passada, por meio do Relatório Trimestral de Inflação, o BC piorou suas projeções de inflação para este ano e o próximo, indicando enxergar a alta de preços no centro da meta apenas no início de 2018, fora do objetivo que vem pregando de que esse movimento deve ocorrer em 2017.
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“A despeito dos fatores mencionados – perspectiva de menor repasse cambial para os preços, menor variação de preços administrados, maior abertura do hiato do produto e ambiente externo com tendência de menor crescimento – o balanço de riscos para a inflação permanece desafiador”, afirmou ele.
Hoje a Selic está em 14,25% ao ano. Para parte do mercado, no segundo semestre, o BC vai começar a reduzir a taxa básica de juros, em meio ao cenário de forte recessão econômica. Ele repetiu ainda que o objetivo do BC é fazer com que a inflação fique dentro da meta neste ano – de 4,5% pelo IPCA, com margem de 2 ponto percentuais para mais ou menos – e que caminhe para o centro da meta em 2017.
Tombini também falou sobre a atuação do BC no mercado de câmbio, por meio de swaps e leilões de linha. Segundo ele, há acompanhamento dos “desenvolvimentos nesse mercado e agido, sempre que necessário, para manter sua funcionalidade”. Nesta sessão, o dólar comercial fechou com alta de 1,33%, cotado a R$ 3,6931 na compra e R$ 3,6937 na venda, ao passo que o dólar futuro subiu 1,14%, para R$ 3,713 na venda.
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Para o presidente do BC, o ajuste fiscal é “imprescindível, porque não há caminho alternativo para a recuperação da confiança das famílias e dos empresários e para a retomada do crescimento econômico sustentável”, contribuindo ainda para a ancoragem das expectativas de inflação.
Com Reuters
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