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SÃO PAULO – Depois de a Espanha ter o seu grau de investimento cortado pela agência Standard & Poor’s, os papéis de dívida do país registram baixa nesta quinta-feira (11), em reflexo da preocupação do mercado de que novos cortes estão para vir. O corte desta vez foi em duas notas, de BBB+ para BBB-, com perspectiva negativa.
Com isso, os títulos do país com maturação para dois anos caem pelo quarto dia consecutivo – a maior sequência de desvalorização em seis semanas.
Em comunicado enviado na quarta-feira (10), após o fechamento dos mercados, a agência de classificação alertou para a elevação das tensões entre os governos regionais e o central da Espanha, o que leva a decisões políticas menos efetivas. Além disso, ela salientou a contração do PIB (Produto Interno Bruto) espanhol, de 1,8% em 2012 e 1,4% em 2013.
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Itália: leilão teve sucesso
Já a Itália, alcançou o valor pretendido de venda no leilão realizado nesta quinta-feira (11), com juros menores.O resultado deste pregão foi bem superior se comparado ao da véspera, onde o país vendeu papéis de dívida com juros maiores.
O país vendeu no total € 2,25 bilhões em títulos com prazo de quatro, seis e 13 anos. Para 13 anos, os papéis tiveram juros de 5,24%, e foram vendidos € 693 milhões. Com prazo de seis anos, foi leiloado o montante de € 711 milhões, com juro de 4,06%. Já para o período de quatro anos, foi colocado a venda o volume de € 846 milhões, com taxa de 3,42%.
País | Rendimento | Variação | Spread vs. Bund* |
---|---|---|---|
Grécia | 18,46% | +0,21% | +16,94 |
Portugal | 8,12% | -0,14% | +6,60 |
Itália | 5,05% | -1,39% | +3,53 |
Espanha | 5,84% | -0,16% | +4,32 |
França | 2,19% | -0,46% | +0,67 |
Alemanha | 1,52% | +1,81% | – |
* Diferença calculada em pontos percentuais. Fonte: Bloomberg
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Entenda: quanto maior, pior
Os títulos públicos são uma das maneiras que os governos possuem para se financiar, enquanto a variação diária dos rendimentos decorre das negociações no mercado secundário. O juro pago pelo governo e o valor do papel são definidos no momento da emissão dos títulos, mas este último sofre variação no mercado secundário.
Assim, quanto mais arriscado um investimento, maior será o prêmio demandado pelos investidores no mercado secundário. Portanto, o valor do título recua e, consequentemente, o rendimento no mercado secundário aumenta. Tal variação positiva é uma indicação de que caso o governo opte por emitir novos papéis o custo para se financiar deverá ser maior.