Relatório sobre remédio contra coronavírus faz ação da Gilead disparar até 16%

113 pacientes em estado grave de Covid usaram o mesmo medicamento - e a melhora foi atestada na maioria

Paula Zogbi

Remédio em comprimidos

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SÃO PAULO – A ação da biofarmacêutica Gilead Sciences chegaram a disparava mais de 16% no after market das bolsas dos EUA nesta quinta-feira (16) após a publicação de um relatório informando que um dos medicamentos fabricados pela empresa mostrou resultados promissores no tratamento de pacientes diagnosticados com Covid-19.

Além disso, no início da noite o presidente Donald Trump anunciou um plano para a reabertura das atividades econômicas nos EUA. Os índices futuros americanos passaram a registrar fortes ganhos, com Dow Jones subindo quase 3% e S&P 500 com alta de 2,5% por volta das 6h40 desta sexta-feira.

Os movimentos de alta se mantiveram mesmo com a divulgação de que o PIB da China caiu 6,8% no 1º trimestre, a primeira retração chinesa desde 1992, e uma queda levemente maior do que a maior parte dos analistas previa.

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Remédio promissor

O hospital da faculdade de medicina da Universidade de Chicago informou que um tratamento com o medicamento Remdesivir estava mostrando rápidos resultados em 113 pacientes em estado grave com a doença – dois deles morreram. No total, foram 125 pessoas infectadas com o novo coronavírus participando do programa. Os testes estão em curso há uma semana, de acordo com o site especializado em saúde Stat, que obteve o relatório.

Na semana passada, o New England Journal of Medicine publicou uma análise indicando que a maioria dos pacientes com Covid-19 tratados com o mesmo medicamento mostram melhora clínica.

“Essa é obviamente uma boa notícia”, disse à CNBC o estrategista-chefe de mercado da Miller Tabak, Matt Maley. “Ouvimos outras como essa recentemente e elas não evoluíram da maneira como esperávamos”, ponderou. “A grande questão é se isso será o suficiente para ajudar a economia a reabrir mais depressa do que as pessoas imaginam agora”.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney