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A mediana das estimativas para o IPCA, o índice de inflação oficial do Brasil, avançou pela nona semana consecutiva no Relatório Focus, de 5,65% para 6,45%. A forte alta de 0,8 ponto percentual ocorre após a Petrobras reajustar a gasolina em mais de 18% e o diesel em quase 25% na sexta-feira (11).
Com isso, a projeção do mercado para a inflação deste ano está cada vez mais fora da meta do Banco Central, que é de 3,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual (ou seja: a meta será cumprida se o IPCA ficar entre 2% a 5%).
A pesquisa, coletada semanalmente pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, também aponta um aumento na expectativa para a Selic (taxa básica da economia brasileira), de 12,25% para 12,75%, e para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, de 0,42% para 0,49%.
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Por fim, os economistas preveem um dólar mais barato em dezembro (queda de R$ 5,40 para R$ 5,30).
Expectativas do mercado para 2022:
- IPCA: alta de 5,65% para 6,45% (9ª semana seguida de alta)
- Selic: alta de 12,25% para 12,75%
- PIB: alta de 0,42% para 0,49%
- Câmbio: queda de R$ 5,40 para R$ 5,30
Piora para 2023 e 2024
O mercado também reajustou para cima também as suas projeções para a inflação e para a Selic de 2023 e 2024. A expectativa para o IPCA do próximo ano subiu de 3,51% para 3,70% e a do ano seguinte, de 3,10% para 3,15%. Já a da Selic subiu de 8,25% para 8,75% em 2023 e de 7,38% para 7,50% em 2024.
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As instituições consultadas também reduziram a estimativa de alta do PIB de 2023, de 1,50% para 1,43%, e da cotação do dólar em 2023 e 2024 (de R$ 5,30 para R$ 5,21 e de R$ 5,30 para R$ 5,20, respectivamente.
Meta de inflação
O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central é que a inflação fique em 3,5% neste ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual (ou seja: a meta será cumprida se o IPCA ficar entre 2% a 5%). Mas é cada vez mais improvável que isso ocorra.
Caso o BC não consiga cumpri-la, conforme estima o mercado, será o segundo ano consecutivo que isso ocorre (em 2021 o IPCA ficou em 10,06%, muito acima da meta). Para 2023, a meta do Banco Central é que a inflação fique em 3,25%.
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