Reino Unido avalia excluir estatal chinesa nuclear de projetos

A medida destaca a postura mais dura do governo Boris Johnson em relação ao país asiático

Bloomberg

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(Bloomberg) — O governo britânico estuda maneiras de excluir a China General Nuclear, estatal de energia nuclear da China, de todos os futuros projetos do setor no Reino Unido, em mais um sinal de deterioração das relações entre os países.

Projetos potencialmente em risco incluem o plano para a usina nuclear Sizewell C, orçada em 20 bilhões de libras (US$ 27,5 bilhões), com a parceira Électricité de France em Suffolk e o projeto Bradwell-on-Sea em Essex, segundo uma pessoa a par do assunto que não quis ser identificada.

A CGN também tem uma participação de 33% na instalação Hinkley Point C, atualmente em construção em Somerset e um dos maiores projetos de infraestrutura do país. Com a previsão da EDF de fechar permanentemente cinco das oito usinas nucleares do Reino Unido até 2024, um retrocesso sobre a nova capacidade para substituí-las colocaria o país em risco de não cumprir a meta de zerar as emissões líquidas.

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A medida destaca a postura mais dura do governo Boris Johnson em relação à China. Johnson barrou a participação da Huawei Technologies no lançamento da rede sem fio 5G do Reino Unido e, no início do mês, o Conselho de Segurança Nacional britânico iniciou uma investigação sobre a aquisição da maior fábrica de chips do país pela Nexperia, controlada por chineses.

“Todos os projetos nucleares no Reino Unido são conduzidos sob regulamentação robusta e independente para atender aos rigorosos requisitos legais, regulatórios e de segurança nacional do Reino Unido, garantindo que nossos interesses sejam protegidos”, disse um porta-voz do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial em comunicado, quando perguntado sobre a postura. “A energia nuclear tem um papel importante a desempenhar no futuro da energia de baixo carbono do Reino Unido”, disse.

Os planos da CGN foram divulgados anteriormente pelo Financial Times no domingo.

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