Reguladores veem stablecoins como opção para cortar custos de pagamentos internacionais

Comitê de Pagamentos e Infraestruturas de Mercado quer saber se as stablecoins podem cumprir sua promessa de transações mais baratas e rápidas

CoinDesk

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Instituições que definem padrões globais de pagamento querem reduzir o custo de envio de dinheiro para o exterior – e alguns acreditam que as stablecoins podem ajudar.

Nesta segunda-feira (10), o Comitê de Infraestruturas de Pagamento e Mercado (CPMI, na sigla em inglês), órgão internacional que estabelece normas para o setor, disse que quer investigar nos próximos meses o caso de criptos que têm seus valores vinculados a outros ativos, como moedas fiduciárias (dólar, euro etc).

As informações são de um relatório publicado pelo Financial Stability Board (FSB, na sigla em inglês), uma entidade internacional encarregada de monitorar o sistema financeiro global e apoiada por bancos centrais e ministérios das finanças do mundo todo.

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O CPMI “está considerando se e como o uso de SAs [acordos de stablecoin] bem projetados poderia melhorar os pagamentos internacionais, resolvendo os atritos existentes”, disse o FSB, com resultados a serem finalizados até o final deste ano.

“Como o setor de stablecoin está evoluindo rapidamente com potencial para ter um impacto em escala global, será necessária muita atenção em torno do gerenciamento de risco”, acrescentou o relatório.

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O FSB, apoiado pelo Bank for International Settlements (BIS) e presidido pelo presidente do banco central da Holanda, Klaas Knot, deve apresentar em breve planos para definir o livro de regras de criptomoedas do mundo, incluindo normas mais rígidas para stablecoins.

No ano passado, o FSB disse que queria que os pagamentos transfronteiriços fossem possíveis dentro de uma hora e que até 2027, tivessem custos de transação inferiores a 1%. Atualmente, o comitê está está explorando vários caminhos para atingir esse objetivo.

Os defensores de stablecoins como a Libra, posteriormente renomeada para Diem e depois abandonada, citaram o alto custo atual e a incerteza de fazer pagamentos internacionais, como é o caso de trabalhadores migrantes que enviam remessas de volta para casa, por exemplo.

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Mas outros têm sido mais céticos, principalmente após o colapso da stablecoin algorítmica TerraUSD ([ativo=USTC]) no início deste ano. Um relatório de agosto do Banco Central Europeu mostrou-se mais cético, dizendo que Bitcoin ([ativo=BTC}0 e stablecoins estavam entre as piores opções para cortar custos, citando preocupações sobre a influência de mercados dominantes e de soluções privadas.

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