Rebaixamento do rating para “junk” pode tirar até US$ 20 bilhões do Brasil, aponta LCA

As expectativas variam bastante, já que a maioria dos gestores já se antecipou e há divergência sobre a posição restante em ativos brasileiros

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O rebaixamento do rating do Brasil pela Fitch Ratings ontem, de BBB+ para BB-, o que significa a perda do grau de investimento pela segunda agência no ano, deve levar a uma forte saída de capitais. 

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E, de acordo com levantamento junto ao mercado divulgado pela LCA Consultores, o mercado aponta para um potencial de saídas entre US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões. Há esse potencial de saída por parte daqueles investidores que possuem estatutos com a exigência de do grau de investimento por duas agências de rating; assim, a decisão de rebaixar o Brasil para “grau especulativo” aciona uma regra de boa parte de grandes fundos globais de investimentos.

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As expectativas variam bastante, já que a maioria dos gestores já se antecipou e há divergência sobre a posição restante em ativos brasileiros. “Estes rebaixamentos já estavam sendo precificados por meio do aumento na percepção de risco para o país à medida que a situação fiscal não apresentava um horizonte de melhora e a crise política piorava cada vez mais ao longo do ano. De qualquer modo, existe o potencial de saída”, destaca a consultoria. 

A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota brasileira e, além disso, foi atribuída a perspectiva negativa para a nota, o que indica que se não ocorrerem mudanças no cenário econômico e político, haverá novo rebaixamento. Segundo os analistas da agência, os motivos para a decisão foram a recessão mais severa do que o anteriormente previsto, a deterioração maior das contas públicas e a crescente incerteza política, que impedem a implementação de reformas no campo fiscal. Recentemente, a S&P já tinha retirado o grau de investimento do Brasil e a Moody’s poderá faze-lo em breve.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.