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As ações da Reag Investimentos – REAG3 – tiveram uma forte derrocada no início da sessão desta quinta-feira (28) após a empresa ser alvo de mandado de busca de apreensão. Os papéis REAG3 desabaram 15,69%, a R$ 3,17, após chegarem a cair mais de 20% no intraday.
A companhia e CiabraSF informaram nesta quinta-feira que suas sedes foram incluídas em mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo.
A megaoperação, envolvendo cerca de 1.400 agentes de vários órgãos públicos, mira um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com participação de fundos de investimento e fintechs usados para lavar os recursos que, segundo investigadores, têm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Reag Investimentos sofre busca e apreensão em operação da PF
Em comunicado, empresa diz que está colaborando com as investigações que manterá mercado informado

Megaoperação mira esquema de R$ 23 bi do PCC com combustíveis e fintechs
Força-tarefa com 1.400 agentes cumpre mandados em oito estados para desarticular rede que vai de usinas e postos a fintechs e fundos de investimento. Fraude já teria sonegado R$ 7,6 bilhões.
“Trata-se de procedimento investigativo em curso”, afirmou a Reag em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“As companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, acrescentaram.
Em nota posterior, a Reag esclareceu que, sobre os fatos objeto de apuração, diversos Fundos de Investimentos mencionados na Operação nunca estiveram sob sua administração ou gestão.
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“Quanto aos Fundos de Investimento apurados em que a empresa atuou como prestadora de serviço, informa que agiu de forma regular e diligente. Cumpre registrar que tais fundos foram, há meses, objeto de renúncia ou liquidação. Reforça, ainda, que não possui nem nunca possuiu qualquer envolvimento com as atividades econômicas ou empresariais conduzidas por esses clientes. A REAG permanece em atuação com seu rigor técnico, ética e transparência, em estrita conformidade com as normas e exigências da lei e dos reguladores do sistema financeiro”, completou.
Quem é a Reag?
Em seu site, a Reag se define como a maior gestora independente do Brasil (sem ligação com bancos), com R$ 299 bilhões sob gestão. Por ter suas ações negociadas na B3, a gestora indica que garante seu compromisso com a transparência.
A gestora é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também controla outra holding independente, a Ciabrasf, além de seguradoras e financeiras. Fundada em 2012, a Reag tem se destacado no cenário financeiro brasileiro, e passa por um processo acelerado de expansão.
A empresa também ficou ainda mais conhecida por se tornar patrocinadora do Belas Artes, um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo. A gestora adquiriu os naming rights do cinema — quando uma empresa adquire por contrato o direito exclusivo de dar o seu nome a um espaço —, o local passou a se chamar REAG Belas Artes.
Embora o balanço consolidado de 2024 ainda não tenha sido divulgado, os resultados trimestrais mostram uma reviravolta significativa: a REAG saiu de um prejuízo de R$ 2,1 milhões no primeiro trimestre de 2023 para um lucro líquido de R$ 2,9 milhões no mesmo período de 2024.
(com Reuters e O Globo)