Reação da B3 ao Fed e Moody’s na volta do feriado; balanços de Bradesco e Apple

Fed manteve taxa de juros estáveis na véspera

Felipe Moreira

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Na volta do feriado do Dia do Trabalhador, a Bolsa brasileira repercute a manutenção dos juros nos Estados Unidos e melhora da perspectiva da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, de estável para positiva, que sustentaram a alta de 0,5% do índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20) e de 0,39% do ETF EWZ na véspera.

Já na temporada de balanços, o Bradesco registrou nesta manhã de quinta-feira (2) lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 46,3% na comparação com trimestre anterior, mas queda de 1,6% na base anual.

Nos EUA, após o fechamento, saem os números trimestrais da Apple. Além do balanço da gigante de tecnologia, investidores estarão atentos aos dados sobre os pedidos semanais de seguro-desemprego, à produtividade dos trabalhadores no primeiro trimestre e aos custos unitários do trabalho, bem como aos números de março sobre o déficit comercial e as encomendas às fábricas. 

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1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, à medida que investidores repercutem a manutenção dos juros pelo Fed na véspera e aguardam mais resultados corporativos e dados importantes sobre o mercados do trabalho.

Na conferência de imprensa acompanhada de perto, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o BC vai manter os juros da economia americana no atual patamar pelo tempo que for necessário. Na véspera, as bolsas de Nova York fecharam sem sinal único após Powell também afirmar ser improvável que a próxima mudança de juros pela autoridade seja um aumento. O quadro chegou a ser mais positivo para os índices, mas houve perda de fôlego na reta final.

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Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: +0,34%

S&P 500 Futuro: +0,58%

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Nasdaq Futuro: +0,81%

Ásia

Os mercados asiáticos encerraram os negócios sem direção única, espelhando o comportamento de Wall Street ontem após o anúncio de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na China continental, os mercados estão fechados desde ontem e só reabrirão na segunda-feira (6), devido a um feriado.

Shanghai SE (China), fechado por feriado

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Nikkei (Japão): -0,10%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,50%

Kospi (Coreia do Sul): -0,31%

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ASX 200 (Austrália): +0,23%

Europa

As bolsas da Europa abriram sem direção única, à medida que os mercados globais reagem à mais recente decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) dos EUA e a uma série de resultados corporativos.

A maior empresa da região, a Novo Nordisk, superou as estimativas de lucro, uma vez que a procura pelos seus medicamentos para perda de peso continuou a crescer. A gigante do petróleo Shell também teve um desempenho superior devido às margens de refinação mais elevadas e ao comércio robusto de petróleo.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,34%

DAX (Alemanha): +0,03%

CAC 40 (França): -0,78%

FTSE MIB (Itália): +0,09%

STOXX 600: -0,20%

Commodities

Os preços do petróleo operam em alta, com a perspectiva de que os EUA possam começar a comprar petróleo para a sua reserva de petróleo, depois de os preços terem caído para o mínimo de sete semanas devido às esperanças de um cessar fogo Israel-Gaza.

Petróleo WTI, +0,65%, a US$ 79,51 o barril

Petróleo Brent, +0,74%, a US$ 84,06 o barril

Bitcoin

2. Agenda

A agenda de hoje tem como destaque dados da balança comercial dos Estados Unidos e dados da indústria brasileira.

Brasil

8h30: Transações correntes de março; consenso LSEG prevê deficit de US$ 3,1 bilhões

10h: PMI de indústria de abril

14h: Campos Neto, presidente do BC, se reúne com Fernando Haddad, Ministro da Fazenda

14h30: Fluxo cambial Semanal

EUA

9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal

9h30: Balança comercial de março; consenso LSEG prevê deficit de US$ 69,1 bilhões

11h: Encomendas à indústria de março      

3. Noticiário econômico

Agência Moody’s melhora perspectiva da nota de crédito do Brasil

A agência de classificação de riscos Moody´s revisou para cima a perspectiva da nota de crédito do Brasil, na última quarta-feira (1º). Atualmente, o nível (rating) do país é Ba2, que indica um risco maior para investimentos estrangeiros. A instituição manteve a nota, mas mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva”, sinalizando que pode elevar esse rating no futuro.

Lula sanciona lei que altera tabela do Imposto de Renda

Na última quarta-feira (1º), durante ato com trabalhadores na zona leste de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei nº 81/2024 que corrige a tabela do Imposto de Renda, aumentando a isenção para quem recebe até dois salários mínimos por mês. Ele reafirmou a promessa de, até o fim do seu mandato em 2026, aprovar a isenção do pagamento do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

4. Noticiário político

Lula “queima largada” em eleições e pede voto para Boulos durante ato em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos de forma antecipada, na última quarta-feira (1º), para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.

5. Radar Corporativo

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) informou na terça-feira (30) que concluiu a venda de 10% da Vale Base Metals para a Manara Minerals por US$ 2,5 bilhões, de acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Já na quarta, a mineradora informou que apresentará seu próximo presidente até 3 de dezembro, após a aprovação do conselho, em setembro, de uma lista tríplice de candidatos a ser apresentada por uma empresa de consultoria. A companhia disse ainda em comunicação ao mercado que o novo presidente assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2025.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)