Radar: Embraer despenca e GOL sobe forte após reestruturar voos

Santander acompanha rumores de perdas milonárias;Petrobras assina acordo com governo do RN e Vale vende operações na Europa

Nara Faria

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SÃO PAULO – Em dia de forte volatilidade, o Ibovespa registrava por volta de 13h15 (horário de Brasília) com alta de 0,31%. O mercado segue na expectativa para a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a Selic e da divulgação da ata do Federal Reserve. 

Após o fechamento do mercado, o Copom do Banco Central anuncia o novo patamar da taxa básica de juros Selic, atualmente em 8,5% ao ano. A maior parte dos analistas espera por mais um corte de 0,50 ponto percentual. Lá fora, o mercado aguarda a minuta da reunião de junho do Federal Reserve, com esperanças de que o documento traga sinais de medidas de estímulo adicionais. A divulgação está prevista para 15h00 (horário de Brasília).

Entre os indicadores dos EUA, o mercado repercute o saldo de maio da balança comercial. Já o nível de estoques do atacado nos Estados Unidos subiu 0,3% em maio na comparação mensal com ajuste sazonal.

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Na Zona do Euro, o mercado olha para a situação da Espanha, onde o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, anunciou um novo pacote econômico com medidas de austeridade para enfrentar a recessão. Ao todo, o governo espanhol espera economizar € 65 bilhões em dois anos e meio, o equivalente a 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto). 

Embraer despenca na sessão
Entre as notícias em destaque no setor corporativo,  uma sessão após a Embraer (EMBR3) divulgar sua carteira de pedidos e entregas feitas durante o segundo trimestre de 2012, as ações ordinárias da fabricante de aernovas figuram entre as maiores perdas do Ibovespa nesta quarta-feira (11). Por volta das 13h00, os papéis recuavam 6,25%, cotados a R$ 12,00, enquanto o índice de ações apontava declínio de 0,14%.

Em 30 de junho de 2012, a carteira de pedidos firmes a entregar da Embraer totalizava US$ 12,9 bilhões, o menor nível em seis anos. Por sua vez, no segundo trimestre deste ano entregou 35 jatos para o mercado de aviação comercial e outros 20 para o de aviação executiva. Com isso, a empresa totalizou nos seis primeiros meses do ano 56 jatos comerciais e 33 jatos executivos entregues.

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GOL sobe forte após reestruturar voos
No mesmo setor, amparada pela divulgação de novas rotas internacionais, as ações da GOL (GOLL4, R$ 8,42, +3,44%) aparecem entre as maiores altas do Ibovespa. 

A GOL reestruturou a sua malha internacional e agora passará a oferecer voos diretos para Montevideo, no Uruguai, e para Assunção e Santa Cruz de la Sierra, no Paraguai e na Bolívia, respectivamente. Todas essas rotas terão como ponto de partido o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Petrobras assina acordo com governo do RN
Enquanto isso, com investimento na ordem de R$ 5,1 milhões, a Petrobras Biocombustíveis (PETR3, R$ 19,21, +1,37%PETR4, R$ 18,66, +1,47%) e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte assinaram protocolo de intenções para adaptação da usina experimental de biodiesel para produção comercial, com capacidade para produzir 20 milhões de litros de biodiesel.

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Vale vende operações na Europa
A Vale (VALE3,R$ 36,64, +0,10%; VALE5, R$ 38,81, -0,44%), por sua vez, anunciou a assinatura de um acordo de venda das suas operações de ferro ligas de manganês na Europa para subsidiárias da Glencore International Plc – uma companhia listada nas bolsas de Londres e Hong Kong. A venda somou o valor de US$ 160 milhões em dinheiro.

Ex-presidente da Vale cria empresa de mineração
Já o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, anunciará em breve a criação de uma empresa de mineração, em parceria com o banco de investimentos BTG Pactual (BBTG11, R$ 30,00, 0,00%), informou o jornal Valor Econômico nesta quarta-feira (11).

 Sem citar fontes, o periódico afirma que o novo empreendimento terá foco na aquisição de ativos em fase inicial de pesquisa por empresas de pequeno porte e o desenvolvimento de projetos, tanto no Brasil quanto no exterior.

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GPC conclui reperfilamento da dívida
Além disso,  a empresa produtora de metanol e fabricante de resinas termofixas, GPC Participações (GPCP3, R$ 0,37, -2,63%), concluiu por meio de sua controlada GPC Química, a operação de reperfilamento de sua dívida financeira. A operação corresponde a um valor de aproximadamente R$ 82,5 milhões, com prazo de pagamento de cinco anos.

Le Lis Blanc adquire Rosa Chá por R$ 10 milhões
Já a Le Lis Blanc (LLIS3,R$ 10,32, +3,20%) adquriu da Marisol (MRSL4, R$ 3,05, 0,00%) a Rosa Chá por R$ 10 milhões. Segundo comunicado da companhia, divulgado nesta quarta-feira (11), a operação focou apenas a titularidade da marca, “nenhum outro ativo ou passivo foi adquirido”, explica.

“A Rosa Chá é complementar às marcas atualmente detidas pela companhia – Le Lis Blanc, Noir Le Lis, Bo.Bô, John John e Le Lis Beauté. A transação não altera em nada os planos de expansão para as nossas marcas, que continuam em curso”, complementa.

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Santander Brasil: rumores de perdas milonárias
Por fim, as ações do Santander Brasil (SANB11, R$ 14,23, +1,43%) estão sob pressão na BM&FBovespa devido a um rumor de que a instituição financeira apresentará perdas milionárias na carteira de crédito a grandes empresas. Na véspera, as ações mais negociadas SANB11 caíram 9,7% e tiveram o terceiro pior desempenho do Ibovespa.

O boato que circulou nesta terça-feira (10) em tesourarias de bancos e mesas de operação de grandes fundos de investimento era de que três companhias em dificuldade não teriam conseguido pagar empréstimos de R$ 500 milhões ao banco.