Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo

Entre aquisições, resultados, projeções e outras referências, noticiário movimentado traz Vale, BB, TAM e setor de logística

Publicidade

SÃO PAULO – Se o clima desta manhã for mantido durante toda a sessão, a quinta-feira (10) deve ser de ganhos às principais bolsas do mundo, em resposta à amenização das tensões em torno da situação fiscal grega e aos bons resultados corporativos.

A Inditex, maior varejista de roupas do mundo, viu seu lucro líquido crescer 4,3% em no terceiro trimestre deste ano, um avanço tímido, mas surpreendente, visto que os analistas projetavam um recuo dos ganhos. Os papéis sobem forte e animam os investidores na Europa.

Os futuros em Wall Street acompanham o desempenho positivo das bolsas do outro lado do Atlântico e apontam uma abertura favorável dos negócios. Por lá, o destaque fica por conta de projeções otimistas para o Initial Claims, que deve indicar uma queda no pedido de auxílios-desemprego no país.

Continua depois da publicidade

Aquisições e incorporações

Com um olho nos acontecimentos externos e outro aqui, o investidor não deve descuidar do noticiário doméstico, que também traz referências de peso, a começar por diversos anúncios de novas aquisições. Foi o que a Vale (VALE5, VALE3) fez na noite passada.

A mineradora divulgou aquisição de 37,4% do capital da Tecnored Desenvolvimento Tecnológico por R$ 80 milhões, empresa que “apresenta boas perspectivas em termos de competitividade e sustentabilidade ambiental”, segundo nota da Vale. A Tecnored desenvolve processos tecnológicos inovadores nas áreas de metalurgia e mineração.

Por sua vez, o Banco do Brasil (BBAS3) não celebrou nenhuma compra nova, mas trouxe novas informações acerca da incorporação da Nossa Caixa, cujos acionistas receberão 2,2887 ações ordinárias do BB para cada papel detido no banco paulista.

Continua depois da publicidade

Conforme foi explicado pelo comunicado da companhia, a incorporação da Nossa Caixa enseja a possibilidade do exercício do direito de recesso, que tem início nesta quinta-feira e dura até o dia 8 de janeiro. O direito está limitado às posições detidas no banco paulista até 30 de outubro deste ano.

Projeções e resultados

Outra companhia que também foi notícia recentemente ao realizar operações de aquisição no mercado foi a Hypermarcas (HYPE3). Segundo a empresa, a compra da Neo Química deverá ser concluída em três a cinco anos, gerando um incremento total de R$ 115 milhões ao ano em seu Ebtida (lucro antes de juros, depreciação e amortização).

Projeções de resultados também foi o foco de comunicado divulgado pela Cielo (VNET3) nesta manhã. A companhia atualizou suas expectativas para o resultado deste ano, prevendo um aumento de até 22% em seu volume financeiro de transações com cartões de crédito e débito.

Continua depois da publicidade

Já a TAM (TAMM4) lançou mão na noite passada de estatísticas já fechadas referentes ao mês de novembro, quando a taxa de ocupação de seus aviões no mercado doméstico subiu 2,6 pontos percentuais na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Por sua vez, os números referentes à taxa de ocupação no mercado internacional mostraram alta de 3,7 pontos percentuais, encerrando novembro em 73,7%. O número de passageiros transportados (RPK) aumentou 17,6% no mercado doméstico e 13% lá fora.

Logística

O setor de logística novamente marca presença no noticiário desta quinta-feira. A Log-In (LOGN3) obteve um financiamento de R$ 301,9 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para construção de dois navios graneleiros especializados no transporte de bauxita.

Continua depois da publicidade

Enquanto isto, a ALL (ALLL11) não traz notícias muito favoráveis. Um trecho ferroviário da empresa no interior paulista encontra-se interditado em decorrência do excesso de chuvas na região. O trecho faz parte do corredor que interliga o Mato Grosso ao Porto de Santos, por onde passa mais de 45% do volume transportado pela companhia no Brasil. A projeção da ALL é que a situação seja normalizada em até 10 dias.

Mudança de tickers

Por fim, um alerta: os papéis da Brasil Foods passarão a ser negociados a partir desta quinta-feira com novos tickers. Na BM&F Bovespa, o novo código será BRFS3, ao passo que na bolsa norte-americana, o novo código será BRFS, em substituição aos tickers PRGA3 e PDA, respectivamente.