Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta terça-feira

Ibovespa recua em sessão de ajustes diante de agenda fraca de indicadores no mercado interno e externo; Pão de Açúcar perde

Nara Faria

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SÃO PAULO – Após seis altas consecutivas, o Ibovespa registra queda de 0,87% no pregão desta terça-feira (5), em uma sessão de ajustes de ganhos anteriores e que o mercado busca referência diante de uma sessão escassa de indicadores no mercado doméstico e internacional.

Diante disso, as atenções ficam por conta do leve aumento do volume de encomendas na indústria em Wall Street e na repercussão de notícias sobre a crise na Grécia. No front corporativo, as ações do Pão de Açúcar estão entre as maiores perdas, refletindo noticiários sobre o acordo para fusão da companhia com o Carrefour.

Agenda
Com a agenda fraca de indicadores econômicos, a sessão é marcada pelos dados divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta terça, indicando que o  Factory Orders, – indicador que mede o volume de encomendas à indústria norte-americana- , avançou 0,8% durante o mês de maio. Apesar do avanço, o indicador ficou abaixo das expectativas, que previa variação positiva de 1%. 

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Pão de Açúcar
As ações do Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 71,34, -1,04%) estão entre as maiores perdas pelo Ibovespa nesta sessão, em meio à dificuldade para visualização de um acordo entre os acionistas para que a fusão entre a companhia e o Carrefour Brasil se concretize. O Carrefour negou em nota que a integração no Brasil com o Pão de Açúcar tenha intenções hostis em relação ao concorrente Casino, sócio de Abílio Diniz na empresa.

Na véspera, o presidente do Casino – sócio de Abílio Diniz na varejista brasileira – reuniu-se com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho. Na ocasião, o Casino deixou apenas duas opções ao Pão de Açúcar: ou a antecipação do exercício do controle sobre a holding Wilkes, que controla o grupo Pão de Açúcar, ou uma declaração de Diniz assumindo que os franceses são os donos, deixando a possível combinação com o Carrefour para 2012.

BR Foods
A criação da Brasil Foods (BRFS3, R$ 26,79, +0,90%), atualmente sob análise do Cade (Conselho administrativo de defesa econômica), também volta para o foco dos investidores na sessão. Com a votação de restrições sobre a operação suspensa, as negociações entre empresa e conselheiros continuam.

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Enquanto a empresa busca mais tempo para convencer os membros do Cade sobre a fusão, as negociações não evoluem. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a última proposta da Brasil Foods foi a venda de cadeias de produção completas.

Queiroz Galvão
A QGEP Participações (QGEP3, R$ 17,08, +2,77%) anunciou a assinatura com a Shell Brasil Petróleo de um contrato de compra de 10% de um total de 20% de titularidade da Shell de participação no bloco BM-S-8, localizado no offshore da Bacia de Santos, em consórcio formado pela Petrobras (operadora), Petrogal e Shell.

Petrobras
Já a Petrobras (PETR3, R$ 26,30, +0,19%, PETR4, R$ 23,84, +0,17%) comunicou duas novas descobertas de petróleo e gás na Bacia do Espírito Santo, a 115 quilômetros da costa do estado do Espírito Santo e aproximadamente 1,9 quilômetro de profundidade, na área de concessão BM-ES-23, que agora totaliza três novas descobertas, de acordo com comunicado da empresa.

Mahle Metal Leve
Por fim, começam a ser negociadas no Novo Mercado da BM&F Bovespa – o mais elevado nível de governança corporativa –  a partir desta terça, as ações da Mahle Metal Leve (LEVE3, R$ 42,65, -2,40%). A Mahle, que já tinha ações negociadas na Bolsa, passa a ser a 123ª empresa do Novo Mercado e suas ações passam a integrar o IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada).

De olho na Grécia
Apesar do alívio com a aprovação da medida de austeridade fiscal que ameniza a crise na Grécia, o mercado continua atento aos noticiários sobre o país. Na véspera, o Standard & Poor’s afirmou que um pacote de financiamento das necessidades da Grécia entre 2011 e 2014 pode exigir uma reestruturação da dívida que seria considerada um default efetivo sob seus critérios.

FMI: sob nova direção
Entre as notícias relevantes desta sessão, a ex-ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, de 55 anos, assume nesta terça o comando do FMI (Fundo Monetário Internacional). A nova diretora-gerente do Fundo assume o comando deixado por Dominique Strauss-Kahn, alvo de denúncia de violência sexual por parte de uma camareira em Nova York. Embora o processo tenha sido encerrado na justiça dos EUA, Strauss-Kahn chegou a ser preso e foi forçado a renunciar ao cargo.