Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

Ibovespa caminha para 4º dia de alta, com imobiliárias e varejo em destaque; Confab dispara depois da Tenaris retomar OPA

Nara Faria

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SÃO PAULO – O Ibovespa mantém a trajetória positiva dos três últimos pregões e opera em alta de 0,51% nesta quinta-feira (19). O mercado acompanha na FrançaEspanha a realização de novas emissões de dívida no mercado primário, com uma forte procura pelos títulos. Além disso,  o investidor continua atento às negociações entre o governo grego e os credores privados, além de digerir a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) em cortar a taxa básica de juro em 0,5 ponto percentual, para 10,50% ao ano.

Nos Estados Unidos, os resultados mistos dos indicadores na agenda econômica – entre eles o consumo mostrando estabilidade e o número de casa em início de construção abaixo das expectativas – devem refletir no pregão. A temporada de balanços também começa a ganhar força por lá.

No setor corporatico, as ações do setor imobiliário e varejo seguem entre as maiores alta pelo Ibovespa no dia. Entre os destaques estão as ações da Cyrela (CYRE3, R$ 15,62, +3,65),  PDG (PDGR3, R$ 6,92, +3,44%) , MRV (MRVE3, R$ 13,37, +2,69%) e Rossi (RSID3, R$ 9,19, +2,57). No varejo, destaque para a Hypermarcas (HYPE3, R$ 10,92,+2,92%), Lojas Renner (LREN3, R$ 56,36, +2,99%) e Lojas Americanas (LAME4, R$ 15,69, +1,23%), que seguem em alta.

Confab dispara com retomada da OPA
Entre as notícias corporativas, as ações da Confab (CNFB4) são destaque da alta na bolsa brasileira nesta quinta-feira, disparando 22,61% no pregão, negociadas a R$ 5,64. As ações da companhia refletem a intenção da Tenaris, acionista controladora da empresa, decidiram retomar a OPA de ações para posterior fechamento do capital da Confab.

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Segundo fato relevante, a Tenaris recebeu uma correspondência enviada por determinados acionistas indiretos da Confab, que juntos respondem por 32,6% do capital da empresa. Em nota, eles falam sobre uma reavaliação da decisão tomada pela Tenaris no ano passado, quando decidiu desistir no final de outubro da OPA pela Confab, operação que havia sido anunciada em agosto.

PanAmericano recebe aporte
Além disso, o Banco PanAmericano (BPNM4, R$ 6,25, +1,46%) anunciou um aumento de capital de até R$ 1,8 bilhão por meio da emissão de 160.582.377 ações ordinárias e 136.938.285 preferenciais, conforme aprovado em assembleia geral na última quarta-feira.

Segundo comunicado, os dois principais acionistas do banco, o BTG Pactual e a Caixa Econômica Federal, subscreverão o montante mínimo de R$ 1,335 bilhão.

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Santander cria gestora de R$ 2,1 bilhões
O Santander (SANB11, R$ 16,50, +2,93%) criou uma empresa independente de fundos de private equity, com ativos de R$ 2,1 bilhões. A gestora, que terá os setores de infraestrutura e óleo e gás como foco, recebeu o nome de Mantiq Investimentos, em alusão à Serra da Mantiqueira, que fica entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio. Ela será 100% controlada pelo Santander Brasil.

OGX recebe licença ambiental
Após o fechamento do mercado, a OGX Maranhão, sociedade formada entre OGX (OGXP3) e MPX (MPXE3, R$ 42,61, +0,21%), informou ter recebido da SEMA/MA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão) a licença de instalação para o empreendimento de produção e escoamento de gás natural nos campo Gavião Real e Gavião Azul, na Bacia do Parnaíba.

O documento faz parte do processo de licenciamento ambiental do empreendimento, que irá produzir e tratar gás natural a ser destinado à usina termelétrica Parnaíba. Destoando do movimento positivo do mercado brasileiro, as ações da petrolífera do Eike Batista recuam 1,13% nesta tarde, cotadas a R$ 15,71, devolvendo parte dos ganhos acumulados nos últimos dias.

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Investimentos da Ecorodovias
Em teleconferência na tarde de quarta-feira, o presidente da Ecorodovias (ECOR3, R$ 12,27, +1,15%), Marcelino Rafart Serás, anunciou investimentos de R$ 3 bilhões nos próximos anos e destacou que a companhia continua interressada em novos projetos, em especial nas licitações da rodovia de Tamaios e BR-470. O evento aconteceu após a companhia vencer o leilão de concessão do trecho capixaba da BRB-101.

As ações da companhia sobem 1,15% nesta tarde, cotadas a R$ 12,27, após terem despencado mais de 5% no pregão anterior.

JBS em busca de recursos
Ainda na quarta-feira, a JBS (JBSS3, R$ 5,98, +0,67%) informou que deu início ao processo de emissão de US$ 400 milhões em bônus com vencimento em 2020 no mercado dos Estados Unidos. O lançamento será realizado pelas subsidiárias JBS USA LLC e JBS USA Finance e os recursos captados tem por objetivo a liquidação de dívidas de prazo mais curto, cujo custo financeiro é mais elevado.

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UOL sai da bolsa
O UOL (UOLL4), por sua vez, anunciou que recebeu na véspera comunicado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre o cancelamento de seu registro para negociação. Diante disso, as ações do UOL não serão mais negociadas na BM&FBovespa. 

Em 29 de dezembro a Folhapar, controladora da UOL, havia concluído o leilão de oferta pública para cancelamento de registro de companhia aberta, adquirindo o total de 17.347.127 ações preferenciais, representativas de 94,60% das ações de emissão do UOL provenientes da OPA (Oferta Pública para Aquisição), além de 14,44% do capital social da companhia.

TAM saindo da bolsa
Na noite passada, a TAM (TAMM4, R$ 37,45, +0,32%) apresentou à CVM pedido para realizar uma OPA (oferta pública para aquisição) de ações para o fechamento de capital da companhia. Trata-se de mais uma etapa da fusão da empresa com a chilena LAN, que dará origem à Latam Airlines.

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Vale: resultados do 4T11 em 15 de fevereiro
Já a mineradora Vale (VALE3, R$ 43,09, -0,03%VALE5, R$ 41,06, -0,17%) informou que divulgará seus resultados do quarto trimestre e do acumulado de 2011 no próximo dia 15 de fevereiro, uma quarta-feira, após o fechamento do mercado.

No caso de Hong Kong a divulgação dos resultados ocorrerá um dia depois, antes da abertura dos mercados, devido à diferença de fuso horário.

Direcional anuncia aumento de capital
O Conselho de administração da Direcional (DIRR3, R$ 9,65, +0,52%) aprovou o aumento de capital social da companhia no valor total de R$ 472.820,40, mediante a emissao de 394.017 acoes ordinárias, ao preço de emissão de R$1,20 por acão. O capital social da Companhia passara a ser de R$ 497.158.399,00, dividido em 155.298.749 acoes ordinarias, nominativas, sem valor nominal.

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Itaú Unibanco: aumento de emissão de notas
Por fim, o Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,75, +0,03%) informou sua holding que aumentou o valor da emissão de notas subordinadas anunciadas de US$ 500 milhões para US$ 550 milhões. Segundo comunicado, o valor foi aumentado em US$ 50 milhões após o exercício de opção de distribuição de lote suplementar na Ásia.