Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quarta-feira

Ações do Bradesco e da WEG recuam após divulgação de resultado trimestral; Multiplus firma parceria com Droga Raia e avança

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera em forte queda nesta quarta-feira (27), com desvalorização de 1,53%, para 66 mil pontos, na expectativa pela reunião de política monetária do Fomc (Federal Open Market Comittee) e a coletiva de imprensa do presidente do Fed, Ben Bernanke. Espera-se que a autoridade monetária sinalize a conclusão da segunda rodada do programa de alívio quantitativo em junho deste ano.

Ainda na agenda norte-americana, foi divulgado pelo Departamento de Comércio o número de pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana em março. O indicado superou as estimativas e exibiu avanço de 2,5%, frente à projeção de alta de 1,8%, enquanto os dados de fevereiro foram revisados para uma alta de 0,7%. Os estoques de petróleo do país também avançaram 1,7%, ou 6,2 milhões de barris, na última semana.

No cenário interno, diante da expectativa de que novas medidas macroprudenciais ainda podem ser anunciadas pelo governo como parte do combate à inflação, a Nota de Política Monetária divulgada pelo Banco Central ganha relevância. O volume total de crédito do sistema financeiro nacional alcançou R$ 1,752 trilhão em março deste ano, o que representa um crescimento de 1,0% em relação ao apurado em fevereiro.

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O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) mostrou avanço de 0,28 ponto percentual da inflação na passagem da terceira semana de março para a de abril, quando o índice indicou alta de 0,65% nos preços. 

Bradesco
No Brasil, a temporada de resultados também ganha corpo com divulgação do desempenho trimestral de grandes companhias. No primeiro trimestre de 2011, o Bradesco (BBDC4, R$ 31,74, -1,92%) marcou um lucro líquido ajustado 27,5% maior na comparação com os três primeiros meses de 2010, para R$ 2,73 bilhões, com um salto de 26,8% nos ativos totais e de 22,6% da carteira de crédito expandida.

WEG
Também a WEG (WEGE4, R$ 20,20, -3,81%) reportou seus números trimestrais, mas informou que o lucro líquido recuou 14,1% na mesma base de comparação, em um movimento que foi acompanhado por uma retração de 26,5% do Ebitda (geração operacional de caixa) e de 10,5% da receita líquida de vendas.

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LLX
Na última noite, a LLX (LLXL3, R$ 4,80, -2,80%) informou que as obras no Complexo do Porto do Açu – que estavam paralisadas desde segunda-feira por causa de manifestações de trabalhadores rurais contra desapropriações de terra – seriam retomadas nesta manhã, o que efetivamente ocorreu. O impasse foi resolvido após uma reunião entre os manifestantes e a Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro), que selou um acordo entre as partes e o fim das manifestações.

“A paralisação de dois dias foi por orientação da empresa, por questões de segurança, mas não acarretam nenhum tipo de prejuízo para o cronograma das obras, que estão bem adiantadas”, informou a assessoria de imprensa da LLX, após contato do InfoMoney.

Gradiente
O anúncio de reestruturação feito pela IGB Eletrônica (IGBR3, R$ 8,15, -10,73%) na noite da véspera pressiona as ações da companhia, que subiram mais de 6% na terça com a expectativa em torno dos termos do anúncio. A conclusão da última etapa do seu programa de reestruturação visa reinserir a marca “Gradiente” no mercado de consumo de eletrônicos do País, iniciado em maio de 2008.

Por meio da CBTD, a empresa receberá R$ 68 milhões através da emissão privada de debêntures conversíveis em ações participativas. “A CBTD utilizará estes recursos para implementar seu plano de negócios, utilizando a marca Gradiente que, juntamente com outros ativos da companhia, foram arrendados à CBTD por meio de contrato já firmado entre tais companhias”, explica a IGB em nota. 

M. Dias Branco
Passando para o cenário de fusões e aquisições, a M. Dias Branco (MDIA3, R$ 40,87, +1,09%) anunciou a assinatura de um contrato para a compra da totalidade das ações da NPAP Alimentos, em uma operação que poderá atingir até R$ 69,92 milhões, sendo que deste total R$ 21 milhões serão pagos ao longo de seis anos.

Multiplus
Já a Multiplus (MPLU3, R$ 31,79, +1,73%) revelou uma parceria de coalizão com a  Droga Raia (RAIA3, R$ 24,80, -0,40%) a partir de julho, no qual os clientes da Droga Raia poderão acumular pontos em suas compras e trocá-los por prêmios nas lojas da rede e em outros parceiros da rede Multiplus, que passam de 160. 

Magazine Luiza
Por fim, no cronograma de ofertas públicas, chega ao fim nesta quarta-feira o período para que os investidores da oferta de varejo manifestem o interesse em aderir ao IPO (Initial Public Offering) da Magazine Luiza, cujas projeções elaboradas pelos coordenadores da oferta estimam que a captação pode atingir R$ 1,42 bilhão. A precificação deve ocorrer na quinta-feira, e a estreia na BM&F Bovespa, em 2 de maio.