Radar: ação da MMX sobe; elétricas amargam perdas; Dufry cai após balanço

Petrobras tem decisão desfavorável em processo judicial de R$ 4,8 bilhões; Vale paga R$ 440 milhões ao Pará

Nara Faria

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SÃO PAULO – Após a forte alta no pregão de quinta-feira (1) – que antecedeu ao feriado no Brasil -, o Ibovespa operava às 13h16 (horário de Brasília) em queda de 0,69% no pregão desta segunda-feira (5), com a atenção do mercado nas eleições para presidência que acontece na terça-feira nos Estados Unidos. 

O cenário político chinês também está na pauta, com o início do Congresso do Partido Comunista do país na quinta-feira.  Na zona do euro, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, alertou novamente neste domingo (4) que o país poderá ser forçado a sair do euro se o Parlamento não aprovar uma nova rodada de medidas de austeridade necessárias para conseguir resgate financeiro.

Indenizações frustram e elétricas despencam
No front doméstico chamam a atenção os papéis do setor elétrico, que lideram com folga as perdas do Ibovespa. As maiores quedas do índice são ocupadas pelas ações da Cesp (CESP6, R$ 16,19, -11,24%), Eletrobras (ELET3, R$ 10,81, -6,65%ELET6R$ 15,38, -8,45%) e Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 31,15, -5,46%). 

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A Eletropaulo (ELPL4, R$ 16,28, -3,64%), CPFL (CPFE3, R$ 23,29, -2,25%), Cemig (CMIG4, R$ 24,25, -2,85%) e Copel (CPLE6, R$ 230,00, -1,64%) também registram forte queda. 

MMX enquadra pedido de financiamento ao BNDES
No sentindo oposto, os papéis da MMX Mineração (MMXM3, R$ 4,13, +1,47%) aparecem entre as maiores altas no pregão. A companhia conseguiu aprovação para enquadramento de um pedido de financiamento ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para obras na mina Serra Azul, informou a mineradora nesta segunda-feira (5) em comunicado ao mercado.

Além disso, a Anglo comprou o controle da operação no Amapá em 2008 da MMX (MMXE3), do empresário Eike Batista, como parte da negociação pela Minas-Rio. Mas o ativo foi avaliado como não-essencial.

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Apesar de alta no lucro, ações da Dufry registram forte queda
Apesar da forte alta no lucro líquido, as ações da Dufry (DAGB11, R$ 253,00, -4,53%) são fortemente penalizadas nesta segunda-feira. Entre julho e setembro deste ano a empresa lucrou CHF 63,1 milhões (R$ 133,2 milhões), frente aos CHF 38,6 milhões (R$ 75 milhões) do mesmo período no ano anterior, conforme números não-auditados.

Petrobras tem decisão desfavorável em processo judicial de R$ 4,8 bilhões
Enquanto isso, o juízo da 29º Vara Federal do Rio de Janeiro tomou uma decisão desfarorável à Petrobras (PETR3, R$ 21,84, +0,88%; PETR4, R$ 21,09, +1,15%) na manhã desta segunda-feira, informou a empresa em comunicado ao mercado.

O processo judicial se refere à cobrança do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) entre janeiro de 1999 e dezembro de 2002 sobre pagamentos de afretamentos de embarcações pertencentes a empresas situadas em países com tributação favorecida. As contigências têm valor estimado em R$ 4,783 bilhões, complementa a petrolífera, que não possui valores provisionados para essa perda.

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Lojas Americanas volta a aumentar participação na B2W
Já a Lojas Americanas (LAME4, R$ 17,28, -0,12%) voltou a aumentar sua participação na controlada B2W (BTOW3, R$ 9,81, -1,70%) para 60,40% em outubro, de acordo com documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (5). Cabe lembrar que, em setembro, a companhia já havia aumentado a fatia na controlada dedicada ao varejo eletrônico, de 58,87% para 59,79%.

JBS acerta compra de frigorífico de frangos em SC
A JBS (JBSS3, R$ 6,75, -2,03%) anunciou que assinou termo de compromisso para adquirir a totalidade da Agrovêneto, especializada em carne de frango, por 128 milhões de reais, sendo que 10 milhões serão pagos em ações e o restante por meio da assunção de dívida.

A concretização do negócio depende da aprovação dos órgãos reguladores, do Conselho de Administração da JBS e da conclusão de uma “due diligence” relacionada à dívida, informou a empresa em comunicado.

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Equatorial conclui compra das ações da Celpa por R$ 1,00
Também no setor de energia, a Rede Energia (REDE3, R$ 3,89, 0,00%; REDE4, R$ 4,86, +9,95%) comunicou a conclusão pela Equatorial Energia (EQTL3) da aquisição da Celpa (CELP5, R$ 4,98, 0,00%) pelo valor total de R$ 1,00.

Segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a aquisição corresponde a 39.179.397 do total das ações, sendo 38.717.480 de ações ordinárias e 461.917 ações preferenciais – o que representa de uma participação de 65,18% do capital votante e 61,37% do capital social total da Celpa.

Vale paga R$ 440 milhões ao Pará
Enquanto isso, a acirrada disputa entre Vale (VALE3, R$ 38,02, -0,96%; VALE5, R$ 36,85, -0,86%) e o governo do Pará em torno da taxa cobrada pela extração do minério de ferro chegou ao fim, afirma o Lauro Jardim e sua coluna na Revista Veja. 

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Segundo o colunista, a Vale pagou na sexta-feira a quantia de R$ 440 milhões, relativos aos meses de abril a setembro da taxa. Além disso, a Vale passará a pagar mensalmente cerca de R$ 25 milhões ao Pará.

Parceiro da Vale diz que Guiné tenta confiscar direitos de minério
Ainda envolvendo a mineradora, o braço de mineração do império do bilionário israelense Beny Steinmetz acusou o governo de Guiné de “confiscar ilegalmente” seus ativos através de uma investigação sobre como a empresa ganhou seus direitos minerários para um enorme depósito de minério de ferro.

A BSG Resources, uma empresa privada que vem trabalhando no país do oeste da África em parceria com a brasileira Vale , confirmou que recebeu uma carta de uma comissão do governo alegando comportamento inadequado e corrupção ao ganhar os direitos minerários para desenvolver blocos na região de Simandou.

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Sebrae e Petrobras firmam acordo
Além disso, as micro e pequenas empresas de base tecnológica nos 17 estados em que o Sebrae desenvolve projetos de petróleo e gás terão acesso ao resultado de pesquisas realizadas por oito das 49 redes temáticas ligadas ao Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), que fica na capital fluminense.

Essa é a base do terceiro convênio firmado entre o Sebrae com o Cenpes e a iniciativa é um dos desdobramentos da parceria entre a instituição de apoio as MPEs e a Petrobras (PETR3, R$ 21,84, +0,88%PETR4, R$ 21,09, +1,15%), iniciada em outubro de 2004.

Novo plano da Anatel pressiona competição no setor
No setor de telefonia, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou na quinta-feira (1) o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição), durante reunião entre seus conselheiros, o que sugere que a competição no mercado de telecomunicações entre as grandes empresas e as pequenas prestadoras de serviço deverá ficar mais simétrica, de acordo com publicação do jornal Valor Econômico.

Segundo a publicação, Telefônica (VIVT4, R$ 44,87, -1,32%), Oi (OIBR3, R$ 9,63, -0,21%OIBR4, R$ 8,09, -1,46%), Telmex (que controla Claro, Embratel e Net) e TIM (TIMP3, R$ 7,50, +0,67%) são citadas com poder de mercado significativo (PMS) em várias faixas de serviços, e até as menores CTBC, controlada pela Algar Telecom, e Sercomtel figuram na lista.

Marfrig contrata formador de mercado
Por fim, a Marfrig Alimentos (MRFG3, R$ 10,44, -2,43%) comunicou a contratação da XP Investimentos , comunica que contratou no dia 24 de outubro de 2012  XP Investimentos para exercer a função de formador de mercado de suas ações ordinárias no âmbito da BM&FBovespa por um período de 12 meses contados da celebração do contrato, com o objetivo de formar o mercado e fomentar a liquidez das ações de emissão da companhia.