Quer virar agente autônomo? Presidente da Ancord explica mudanças na prova

Novo exame pode ser nos laboratórios da FGV e terá maior periodicidade; presidente da Ancord quer facilitar a entrada de profissionais na área

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A prova para a certificação de agentes autônomos da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias) mudou e a partir de agora não será mais aplicada pela Fundação Carlos Chagas e sim pela FGV. A grande mudança que isso traz é que o exame agora poderá ser feito online nos laboratórios da Fundação Getúlio Vargas, que possui uma capilaridade muito maior do que a instituição que era usada anteriormente. Isso reduz a necessidade que o interessado tinha de se locomover grandes distâncias aos locais de prova como ocorria antes.

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“A FGV Projetos tem uma infraestrutura muito maior e uma possibilidade muito maior de realizar essas provas, inclusive com a escolha de local e dia de acordo com a necessidade de quem vai fazer a prova”, diz o presidente da Ancord, Caio Villares. Segundo ele, um dos objetivos do novo modelo é facilitar a realização da prova por quem não mora necessariamente em São Paulo ou no Rio de Janeiro, que são historicamente as capitais que trazem a esmagadora maioria de inscritos, aproximadamente 80%, de acordo com Vilares.

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Apesar de todos os prognósticos positivos, a crise econômica, sempre ela, é vista como um empecilho para a atratividade da profissão de agente autônomo. “Para você ter uma ideia, o ano passado foi o pior da história recente em termos de inscrição. Tivemos apenas 1.221 inscritos. Em 2008 e 2010, que foram os períodos de maior pujança e expectativa de crescimento em relação ao País, nós tivemos 5 mil”, explica Vilares.

A profissão
Mas o que afinal é um agente autônomo? Em sua maioria, são egressos de bancos que decidem gerir a sua própria carteira, prestando serviços a investidores iniciantes ou experientes. Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o Agente Autônomo de Investimentos é a pessoa que atua na prospecção e captação de clientes, recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de negociação ou de registro cabíveis; e também na prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado.

Na prática, isso significa que o agente autônomo é um profissional ligado a uma corretora que oferece assessoria a clientes interessados em comprar produtos de investimento, facilitando o acesso ao mercado de capitais. De acordo com o perfil da pessoa, ele pode sugerir o investimento em ativos mais ou menos arriscados, ficando, contudo a corretora responsável por estas informações. É por isso, que o head de treinamento e performance da XP Investimentos, Guilherme Kolberg, diz que junto com as mudanças na prova, é importante investir na capacitação deste tipo de profissional.

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Ele explica que a XP tem um grande interesse nisso, já que o agente autônomo chega à corretora possuindo um relevante arcabouço teórico, mas ainda precisa aprender a prática do dia-a-dia. “O agente tem que ser capacitado porque ele ensina para os clientes noções básicas de finanças e as corretoras distribuem produtos de diversas marcas, então ele tem uma independência maior do que a de um gerente de banco”, afirma. 

O grande atrativo para a profissão de agente autônomo é que ela é uma atividade empreendedora com um baixo nível de investimento inicial. “O investimento pode ser de R$ 30 mil para você começar esta atividade. Obviamente tem que levar em conta também o custo de oportunidade, porque é uma atividade que, pelo menos classicamente, precisa de dedicação exclusiva”, afirma o presidente da Ancord.

Além disso, o head da XP, Kolberg, diz que o desemprego alto na crise atual é pelo menos mais um motivo para tentar a carreira. “Antes o profissional tinha receio porque era obrigado a abrir mão de um salário para entrar no caminho do empreendedorismo e as provas eram muito espaçadas. Hoje, por causa do aumento do desemprego, o custo de oportunidade é menor”. 

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