Quem teve o melhor resultado trimestral: BB, Bradesco, Itaú ou Unibanco?

Itaú teve o maior lucro, Unibanco foi o único a cortar despesas, BB lidera no crédito e Bradesco teve melhor eficiência

Juliana Pall Farias

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Os quatro maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Unibanco – já divulgaram seus balanços referentes ao terceiro trimestre do ano. No quesito carteira de crédito, BB, Bradesco e Itaú tiveram crescimento percentual bem próximo na passagem do terceiro trimestre de 2006 para igual período desse ano.

Em termos absolutos, o Banco do Brasil manteve a liderança, encerrando o trimestre com R$ 150,2 bilhões em sua carteira de crédito. Cabe destacar que os dados dos quatro bancos consideram avais, fianças e recebíveis de cartões de crédito.

Resultado absoluto e relativo da carteira de crédito no 3º trimestre
Instituição Termos Absolutos Variação Percentual
Banco do Brasil R$ 150,2 bilhões +26,9%
Bradesco R$ 140,1 bilhões +27,0%
Itaú R$ 114,1 bilhões +26,9%
Unibanco R$ 55,9 bilhões +29,0%

Por mais que a carteira do Unibanco tenha apresentado a maior evolução percentual, ainda ocupa o último posto em termos absolutos (montante). Tal afirmação não surpreende, já que avanços absolutos sobre montantes menores resultam em maiores variações relativas.

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Itaú fica com o maior lucro
Passando para o lucro líquido, quem mostrou o melhor resultado no terceiro trimestre foi o Itaú, seguido por Bradesco, BB e Unibanco, respectivamente.

Em variação relativa, o Unibanco novamente leva a melhor, porém, é preciso ressaltar que a base comparativa é viesada uma vez que o resultado do terceiro trimestre de 2006 foi penalizado por fatores extraordinários.

Resultado absoluto e relativo do lucro líquido no 3º trimestre
Instituição Termos Absolutos Variação Percentual
Itaú R$ 2,428 bilhões +32,3%
Bradesco R$ 1,850 bilhão +14,8%
Banco do Brasil R$ 1,364 bilhão +50,3%
Unibanco R$ 1,199 bilhão +1.031%

É comum que as instituições financeiras apresentem eventos não recorrentes influenciando positiva ou negativamente o lucro líquido. Os números acima, que relatam a variação absoluta (montante) e relativa (evolução percentual) no terceiro trimestre do ano, não consideram tais eventos.

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Unibanco é o único a cortar despesas
Outro ponto que merece destaque é que, entre os quatro bancos, o único que apresentou redução na conta “despesas com pessoal e administrativo” foi o Unibanco. Do lado da rentabilidade, o Bradesco foi o único a ter piora de resultado, permitindo assim ao Itaú aumentar sua margem na liderança neste quesito.

Variação da rentabilidade no 3º trimestre
Instituição 3T07 Variação
(em p.p.)
Itaú 35,6% +2,8
Bradesco 32,8% -2,3
Unibanco 26,5% +1,7
Banco do Brasil 26,3% +6,2

Com a trajetória declinante das taxas de juros nos últimos anos, os bancos encontraram no corte de despesas, no aumento do volume de crédito concedido e incremento de receitas de serviços os principais alicerces para a manutenção do crescimento de receitas, daí a importância em controlar as despesas com pessoal e administrativas.

Outra comparação válida é a relação entre despesas administrativas e de pessoal sobre a receita bancária, medida pelo índice de eficiência. A eficiência de um banco melhora à medida que este indicador diminui, sinalizando que a parcela das receitas bancárias necessárias para cobrir os custos operacionais está menor.

Variação do índice de eficiência no 3º trimestre
Instituição 3T07 Variação
(em p.p.)
Bradesco 41,8% -0,3
Itaú 47,1% -2,7
Unibanco 47,3% -1,9
Banco do Brasil 54,2% +5,5

O único a apresentar piora de resultado na passagem do terceiro trimestre de 2006 para igual período em 2007 foi o Banco do Brasil. Adicionalmente, o BB ficou com o pior resultado, enquanto o Bradesco mostrou a melhor marca.