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SÃO PAULO – Com apenas 38 anos, Gustavo Montezano foi escolhido pelo ministro da Economia Paulo Guedes para ser o novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) – e terá desafios importantes pela frente.
Ele terá como missões devolver recursos devidos pelo banco ao Tesouro Nacional e abrir o que o presidente Jair Bolsonaro classifica de “caixa-preta” do BNDES. Isso foi destacado pelo próprio porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, ao falar sobre o assunto, apontando que uma das medidas que se deseja para a instituição é a “abertura da caixa preta do passado, apontando para onde foram investidos recursos em Cuba e na Venezuela, por exemplo”.
Graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e Mestre em Finanças pelo Ibmec, Montezano tem 17 anos de carreira no mercado financeiro e iniciou a sua carreira como analista do Opportunity, no Rio de Janeiro. Ele foi sócio do Banco Pactual, tendo atuado como diretor-executivo da área de commodities em Londres e anteriormente como responsável pela área de crédito, resseguros e “project finance”.
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Montezano era até então o número dois do secretário de Desestatização, Salim Mattar, que chegou a ser cotado para a presidência do banco depois que Joaquim Levy deixou o cargo de forma conturbada no último fim de semana.
Montezano é visto como um nome próximo a Mattar, que teria preferido “emplacar” uma pessoa ligada a ele para continuar à frente da secretaria do Ministério da Economia.
Guedes chegou a cogitar que Salim Mattar fosse para o BNDES e transferisse parte das atribuições da secretaria para o banco de fomento, como a gestão das privatizações federais. Contudo, a ideia esbarrou na necessidade de mudanças legais.
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Agora, a ideia é que Montezano atue em parceria com a secretaria de Mattar para viabilizar e acelerar as privatizações da União, segundo apurações do Broadcast, serviço em tempo real do Estado de S. Paulo.
Nascido em Brasília, é filho do economista Roberto Montezano, que é professor do Ibmec há mais de 30 anos e trabalhou com Guedes na instituição. Montezano se animou com o governo Bolsonaro.
Além do projeto liberal, já conhecia o presidente e os filhos desde os tempos de menino. Morou no mesmo condomínio que eles na Tijuca, no Rio de Janeiro, na década de 1990.
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Saia-justa
Conforme também destaca o Estadão, o futuro presidente do BNDES assumirá o cargo numa saia-justa. Pelo lado da política, o principal objetivo será abrir a “caixa-preta” das operações do banco.
A tarefa não será fácil, seja porque, nos últimos anos, o BNDES já vinha ampliando as informações disponíveis, seja porque auditorias e operações da PF e do Ministério Público Federal ainda não comprovaram irregularidades envolvendo funcionários do banco.
A divulgação de informações públicas sobre as operações foi crescendo, desde o fim da gestão de Luciano Coutinho, ainda nos governos do PT – o processo foi acelerado a partir de 2015. Houve ampliação das informações disponíveis, mas grande parte dos avanços se deu na apresentação dos dados no site do banco. Tanto que a primeira tentativa de Levy de abrir a “caixa-preta”, logo após a posse em janeiro, foi colocar na página do BNDES uma lista com os 50 maiores clientes.
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(Com Agência Estado)
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