Queda de 6 pontos no risco-País reflete otimismo do mercado externo

Investidores reagiram positivamente ao noticiário internacional, contribuindo para recuo do indicador

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SÃO PAULO – O indicador de risco-País fechou em queda de 6 pontos-base nesta quinta-feira (29), atingindo 264 pontos. O mercado repercutiu o anúncio sobre a aprovação do Parlamento alemão para extensão do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), com o objetivo de fornecer mais flexibilidade ao fundo de modo a amenizar os riscos de contágio na região. 

Além disso, o mercado reagiu com otimismo ao avanço da economia norte-americana, que apresentou elevação do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,3% no segundo trimestre deste ano, ficando acima das expectativas de crescimento de 1,2%. Ainda por lá, o Initial Claims registrou um total de pedidos de auxílio-desemprego de 391 mil, frente as projeções de 419 mil novas solicitações, contribuindo para a melhora no cenário econômico daquele país. 

No cenário doméstico
No Brasil, o Banco Central aumentou a projeção para a inflação oficial em 2011 para 6,4%, além de reduzir a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 4% para 3,5% este ano. Outra referência por aqui foi a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que variou 0,65% em setembro, segundo dados divulgados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em agosto, o indicador havia registrado taxa de 0,44%.  

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Global 40
O principal título da dívida externa brasileira, o Global 40, encerrou em baixa de 0,27% na noite desta quinta-feira, cotado a 131,62 centavos de dólar. 

Refletindo o desempenho dos principais títulos da dívida externa brasileira, o indicador de risco Brasil calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan encerrou a 264 pontos-base.

O que é o risco-País?
Como cada governo que emite papéis no mercado externo em geral tem mais do que um título no mercado, o banco norte-americano JP Morgan decidiu criar um índice que pudesse combinar todos estes papéis e obter um indicador único, que pudesse ser usado como uma medida de risco global.

Com isso, o JP Morgan criou, no final de 1993, o Embi+ (Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Bonds de Países Emergentes, que mede o desempenho de uma vasta carteira de países. Todos os países incluídos são emergentes, excluindo aqueles de risco menor, como muitos dos países da Europa, Ásia e América do Norte.

Além deste índice genérico, o banco criou também um índice para cada país, incluindo apenas títulos do país em questão. Com isso, o JP Morgan criou uma medida de risco-país, que, no caso do Brasil, é medido pelo Embi+ Brasil.