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O ano de 2025 foi marcado por forte queda do dólar em relação ao real e à cesta de moedas contra a qual é comparado no índice dólar (DYX). Com a desvalorização, o dólar americano pela comparação do DXY ficou entre as piores moedas de 2025.
Entre as melhores moedas de 2025 (comparadas com o dólar dos Estados Unidos), alguns países são destaques, como Rússia (+37,27%), Suécia (+18,60%), México (+15,35%) e Colômbia (+14,61%), de acordo com estudo da Consultoria Elos Ayta para o InfoMoney. As cotações foram consideradas até 17 de dezembro.

“Esse movimento pode ser explicado por uma combinação de fatores: a recomposição dos termos de troca, especialmente via commodities, juros reais ainda elevados, fluxo externo em busca de yield e um enfraquecimento estrutural do dólar ao longo de 2025”, afirma Rodrigo Xavier, economista e CEO da Oz Câmbio.
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O economista destaca, no entanto, que no caso do rublo russo, que lidera as valorizações no ano, o avanço tende a ser artificial. Uma das explicações para a alta é justamente os controles de capitais rígidos da Rússia, pelas sanções internacionais e pelas restrições à circulação de capital impostas à Rússia, o que acaba distorcendo a formação de preço da moeda, como explica Xavier.
No caso do real brasileiro, houve valorização de cerca de 12,4% em relação ao dólar, refletindo tanto esse enfraquecimento global da moeda americana quanto fatores domésticos.
“O desempenho relativamente positivo do real está diretamente ligado ao diferencial de juros e à entrada de capital estrangeiro no país, no conhecido movimento de carry trade. Com a taxa de juros no Brasil ainda muito elevada e os juros nos Estados Unidos em trajetória de queda, a tendência é que esses dólares entrem para a economia brasileira”, diz Xavier.
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