Quais ações comprar agora? Rio Bravo, Truxt e Clear destacam as oportunidades da Bolsa no pós-pandemia

Ações de bancos e do setor elétrico estão entre as indicações; estrategistas-chefes justificam as escolhas e traçam perspectivas

Priscila Yazbek

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SÃO PAULO – Depois de flertar com os 100 mil pontos, o Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, encerrou a sexta-feira (11) em baixa e terminou a semana com queda de 1,95%. A euforia se reverteu depois que novos casos de Covid-19 foram registrados em estados americanos, gerando temor sobre uma segunda onda da pandemia.

Enquanto a Bolsa estava fechada por aqui, por causa do feriado de Corpus Christi, mercados tombaram lá fora. Mas essa queda é passageira ou o Ibovespa deve sustentar o patamar dos 90 mil pontos, rumo à recuperação dos 120 mil pontos do início do ano?

O InfoMoney conversou com especialistas para encontrar essas respostas e entender quais ações ainda têm espaço para subir após a recente recuperação da Bolsa.

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Em uma das lives, que você confere aqui na íntegra, o estrategista-chefe da Rio Bravo, João Dibo, e Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear, traçaram suas perspectivas (assista ao vídeo completo no link abaixo).

Dibo analisou que a tática de “sair comprando” para aproveitar o mercado em baixa já não faz sentido. Se de março até agora “basicamente tudo que você comprou em Bolsa subiu”, agora o investidor terá que se esforçar mais para escolher seus ativos.

“Houve um movimento muito forte de queda com a saída de estrangeiros e a piora das expectativas. Mas ocorreu um certo exagero e o que a gente viu, com o Ibovespa subindo a 90 mil pontos, foi uma correção desse exagero. Agora o investidor deve ficar mais atento para saber qual empresa vai colocar na carteira”, analisa.

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Para ajudar nessa escolha, Roberto Indech fez suas recomendações, começando pelo setor bancário. “O Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC3) caíram 35% no ano, Itaú (ITUB4) 28% e Santander (SANB11) 38%. Nós já tivemos números, especialmente do Itaú e do Bradesco, sobre aumento das provisões para inadimplência. É claro que ainda há muita preocupação sobre endividamento, mas, por outro lado, algo que vinha batendo nas ações era que o Congresso poderia elevar a CSLL [Contribuição Social sobre o Lucro Líquido], mas agora isso se dissipou”, comenta.

Além de outras indicações detalhadas na live, Indech citou com ênfase os papéis da frigorífica JBS (JBSS3) como uma das empresas que considera mais promissoras no cenário atual, já que boa parte da receita é recebida em dólar e a empresa está inserida no setor de alimentos, mais resistente à crise.

O estrategista-chefe da Rio Bravo concordou com a análise e acrescentou que empresas como Marfig (MRFG3) e Klabin (KLBN3), que também têm receitas “dolarizadas” também são boas opções para ganhar com o cenário de transição pós-pandemia. “Outras duas posições no setor de alimentos são: a Camil (CAML3), que deve passar incólume por toda essa questão de coronavírus, e outra empresa que a gente gosta é o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)”, afirma.

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Na segunda live, o sócio da Truxt disse que queda de 2% da Bolsa nesta sexta-feira (11) está longe de preocupar o mercado, como em meados de março e abril, quando a pandemia havia acabado de chegar ao Brasil. Mas ele ressalta que o momento é de grande incerteza. “Tomara que a gente não tenha que usar de novo essa metodologia de ‘caramba, a Bolsa caiu 30%, deixa eu ver de novo aquelas empresas que a gente adora para concentrar nelas”, completa (assista ao vídeo completo no link abaixo).

Depois de reforçar que o investidor da Bolsa deve focar em investimentos de longo prazo e dizer que não acredita em estratégias oportunistas, que visam ganhos em curtos períodos, como no espaço de uma crise ou de um semestre, ele revelou quais ações e setores estão mais presentes nos fundos de investimento sob sua gestão.

“Nossas principais alocações estão em varejo, Magazine Luiza (MGLU3), Mercado Livre, Renner (LREN3) e Centauro (CNTO3), que foi uma das empresas que a gente aproveitou a crise para comprar. Ações de energia elétrica são um setor que a gente carrega há um bom tempo […], com Equatorial (EQTL3) e Omega (OMGE3). No setor financeiro, a gente gosta da ação da XP Inc. e do BTG (BPAC5), que são duas ações que ganham muito com o processo de financial deepening – pessoas saindo da renda fixa e indo e comprando produtos mais estruturados, como fundos e ações”, diz.

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Para acompanhar todas as indicações de ações no detalhe, além das perspectivas para a economia e o mercado, não deixe de assistir às lives na íntegra.

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Priscila Yazbek

Editora de Finanças do InfoMoney.