Puigdemont e ex-secretários catalães se entregam na Bélgica

Carles Puigdemont e seus quatro aliados foram para Bruxelas após eles terem sido denunciados pelo procurador do Estado espanhol, Juan Manuel Maza, no último dia 27 de outubro

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO, 05 NOV (ANSA) – O ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont e quatro ex-secretários regionais se entregaram voluntariamente neste domingo (5) a uma delegacia de polícia em Bruxelas, na Bélgica, após a Espanha ter emitido uma ordem de prisão internacional e extradição contra eles.   

Segundo a Procuradoria Federal belga, os cinco políticos serão mantidos sob custódia até que o juiz de instrução do caso, ainda a ser designado, decida se cumpre ou não o pedido de detenção feito pelas autoridades de Madri.   

Ele terá um prazo de 24 horas para anunciar sua sentença. Já a extradição, caso a ordem de prisão seja acolhida, pode demorar até 60 dias para ser analisada.   

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Puigdemont, Antoni Comín (ex-secretário de Saúde), Clara Ponsatí (Educação), Lluís Puig (Cultura) e Meritxell Serret (Agricultura) são acusados pela Procuradoria da Espanha de sedição, rebelião, prevaricação, desobediência e mau uso de recursos públicos.   

De acordo com a juíza Carmen Lamela, da Audiência Nacional, tribunal sediado em Madri, os cinco ex-dirigentes da Catalunha viajaram à Bélgica com o “único objetivo de escapar das possíveis responsabilidades que possam ter na Espanha”.   

Puigdemont e seus quatro aliados foram para Bruxelas após eles terem sido denunciados pelo procurador do Estado espanhol, Juan Manuel Maza, no último dia 27 de outubro. Os cinco foram destituídos por Madri no âmbito do artigo 155 da Constituição, usado pelo governo nacional para suspender a autonomia da Catalunha e convocar eleições regionais para 21 de dezembro.   

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A intervenção foi aprovada no mesmo dia em que o Parlamento da comunidade autônoma fez uma declaração unilateral de independência, resultado do plebiscito separatista de 1º de outubro, quando mais de 90% dos eleitores votaram pela secessão, embora o quorum tenha sido inferior a 50%. (ANSA)