Próximo presidente corre risco de enfrentar período de ‘grande crise’, diz Maílson da Nóbrega

"Os desafios podem ser divididos em dois. O primeiro é evitar a insolvência fiscal. O segundo é voltar a aumentar a produtividade", afirmou

Estadão Conteúdo

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O próximo presidente que vier a ser eleito em outubro corre o risco de presidir o País durante um período de “grande crise”, alertou nesta quinta-feira, 23, o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. Para ele, o pleito de outubro será o mais importante da história desde as eleições de 1989, por conta dos desafios colocados diante do próximo presidente.

“Os desafios podem ser divididos em dois. O primeiro é evitar a insolvência fiscal. O segundo é voltar a aumentar a produtividade”, afirmou Maílson, em palestra durante a Sessão Especial do Fórum Nacional, organizado pelo economista Raul Velloso, no Rio.

O ex-ministro lembrou que, em 1989, o risco de insolvência não existia. O primeiro passo para evitá-la é fazer a reforma da Previdência, que, embora não seja capaz de resolver a crise fiscal no curto prazo, dá um sinal de que a insolvência pode ser evitada no longo prazo.

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Segundo Maílson, a insolvência fiscal seria catastrófica, resultando em “processo violento” de inflação, por causa de uma situação de dominância fiscal. A dominância fiscal, conceito sobre o qual não há consenso completo entre os economistas, descreve a situação em que a política monetária perde seu efeito diante do quadro de desequilíbrio das contas públicas, na medida em que elevações de juros levam a mais gastos e, portanto, mais inflação.

“Se fracassar no primeiro ano a reforma da Previdência, a impressão é de que o colapso vai vir”, afirmou Maílson, citando um movimento de fuga de capitais como consequência do adiamento da reforma.

Para enfrentar o segundo desafio (retomar os ganhos de produtividade), o ex-ministro recomenda dar prioridade à reforma tributária, aos investimentos em infraestrutura e à melhoria da qualidade da educação.

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