Protocolos DeFi perderam US$ 1,3 bilhão em ataques hacker em 2021, diz relatório

Valor é mais que o dobro do registrado em 2020, segundo o estudo

CoinDesk

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A quantidade de dinheiro perdido em hacks a projetos de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) chegou a US$ 1,3 bilhão em 2021, mais que o dobro de 2020, disse a empresa de segurança em blockchain Certik em seu relatório de pesquisa inaugural “State of DeFi Security”, divulgado na quarta-feira (12). A centralização foi apontada como a principal vulnerabilidade das aplicações.

Apesar de o montante perdido ter subido 160% de um ano para o outro, proporcionalmente a queda é menor quando comparada com 2020. Isso ocorreu, segundo o estudo, por causa do crescimento do setor DeFi. Como proporção da capitalização do mercado de criptomoedas, portanto, as perdas de 2021 caíram 17%, segundo a pesquisa.

O valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) em protocolos DeFi no final de 2021 somava US$ 243,88 bilhões, acima dos US$ 18,29 bilhões do ano anterior, segundo dados da DefiLlama. Isso significa que os fundos perdidos encolheram para 0,5% do TVL no ano passado – em 2020, a porcentagem foi de 2,78%.

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A centralização foi a vulnerabilidade mais comum “de longe”, disse a empresa de segurança. A Certik encontrou 286 riscos de centralização discretos em 1.737 projetos auditados, incluindo “privilégios de propriedade”, que permitem aos hackers obterem controle total de todos os contratos controlados por uma chave privada. Isso provavelmente teria sido evitado com o uso de carteiras multi-assinatura (wallets que exigem duas ou mais chaves privadas para assinar e enviar uma transação) ou Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs, na sigla em inglês), que são sistemas construídos em blockchains.

A segunda vulnerabilidade mais comum foi a falta de emissões de eventos. Uma emissão de evento é uma informação produzida por um contrato inteligente quando ele é executado. Além disso, a pesquisa também apontou as seguintes fragilidades: uso de versão desbloqueada de compilador, código sem validação de entrada adequada e dependência de terceiros.

O relatório também descobriu que o Ethereum (ETH) superou o Bitcoin (BTC) no quesito receita de taxas. A rede agora gera uma receita 64 vezes maior que a do BTC. Além disso, seu número de transações diárias é quatro vezes maior. Mas o Ethereum também sofreu com seu sucesso, pois altas taxas de transação enviaram usuários para outras plataformas.

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A Certik também citou o surgimento de alternativas ao Ethereum, como a Binance Smart Chain (BSC). O protocolo de camada 1 da Binance, maior exchange do mundo em volume de negociação, viu o TVL subir 31.000% para US$ 21 bilhões, relatou.

A empresa de segurança levantou US$ 80 milhões em uma arrecadação de fundos da Série B2 em dezembro de 2021, elevando sua avaliação para US$ 1 bilhão.

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