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SÃO PAULO – As expectativas de que Michel Temer consiga implementar as medidas apoiadas pelo mercado para uma transição econômica do país caso assuma a presidência no lugar de Dilma Rousseff podem não sair do papel se dependerem de algumas alas internas do próprio PMDB. Em um ano de eleições municipais, membros da sigla com o maior número de prefeituras no Brasil temem que propostas impopulares prejudiquem o desempenho nas urnas. É o que aponta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (31).
Vislumbrando um cenário mais nebuloso para os efeitos políticos de uma maior exposição do plano econômico previamente esboçado no documento “Ponte para o futuro”, lançado em outubro, aliados do vice têm evitado especulações sobre políticas econômicas e possíveis nomes para a equipe econômica em uma possível gestão de Temer. Existe o receio de que discussões sobre medidas impopulares na economia alimentem discursos governistas contra o impeachment presidencial.
Apesar disso, nos bastidores as movimentações são intensas para uma esperada transição. A ideia é divulgar uma plataforma mais elaborada, mas apenas em maio, caso a Câmara aceite a abertura do processo contra Dilma. Entre as medidas discutidas, qualquer aumento de carga tributária tende a ser enfraquecida no próprio partido, tendo em vista o reduzido espaço para apoio na sociedade.
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Diz ainda a reportagem que o cardápio de medidas econômicas de uma gestão Temer não poderá ser muito diferente dos projetos de ajuste fiscal enviados ou a serem encaminhados pelo atual governo ao Congresso. Conforme afirma o ex-ministro e atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, também está nos planos do partido apresentar outro documento programático, este mais focado em políticas sociais.
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