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A agenda econômica desta terça-feira (5) destaca o dado de produção industrial, previsto para ser divulgado às 9h, que mostra a evolução da atividade manufatureira no Brasil. Nos Estados Unidos, o foco estará no relatório Job Openings and Labor Turnover Survey (JOLTS), que sai às 11h. Esse é o primeiro indicador de emprego da semana, que será concluída com os números do payroll na sexta-feira. O JOLTS traz informações importantes sobre o mercado de trabalho, como vagas abertas e rotatividade, dados que influenciam a avaliação do ritmo econômico norte-americano.
O que vai mexer com o mercado nesta terça
Agenda
Hoje, o mercado acompanhará de perto uma série de discursos de membros do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que podem trazer pistas importantes sobre a condução da política monetária. Às 13h45, Austan Goolsbee participará de um evento. Em seguida, às 14h00, Lisa Cook fará um discurso. Por fim, às 16h30, Lorie Logan também falará, completando a agenda do dia com possíveis comentários sobre as perspectivas do Fed.
Às 12h00, Gabriel Galípolo, presidente do BC, participará do Encontro com Líderes do Varejo, promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), em São Paulo. Em seguida, das 15h00 às 16h00, terá audiência com Nuno Lopes, presidente da Visa do Brasil, e Gustavo Noman, vice-presidente de Relações Governamentais. Ambos fechados à imprensa.
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Às 9h00, o presidente Lula recebe no Palácio do Planalto o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 15h00, participa da sanção do Projeto de Lei nº 1.958/2021, que amplia em 30% a reserva de vagas em concursos públicos federais para pessoas negras, indígenas e quilombolas. Em seguida, às 15h20, assina atos em comemoração ao Dia do Meio Ambiente. Por fim, às 20h00, parte para Lisboa.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa às 9h30 do evento “Encontros Piauí”, com o tema “Os três poderes e a democracia: conflitos e consensos entre as instituições”. Às 17h00, ele se reúne com João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Brasil
9h – Produção industrial
EUA
11h – JOLTS
11h – Encomendas à indústria
INTERNACIONAL
Violação
A China acusou os EUA de violarem uma trégua comercial e prometeu reagir com firmeza, em meio a tensões sobre exportações de minerais críticos. Pequim afirmou ter cumprido o acordo de Genebra, enquanto Washington adotou medidas restritivas, como sanções à Huawei e cancelamento de vistos. Trump declarou que a China “violou totalmente” o pacto e expressou frustração com a lentidão nas exportações de terras raras. Apesar de algumas licenças terem sido liberadas, dezenas continuam paradas. Para os EUA, o tema é prioridade, com Trump monitorando de perto. O impasse provocou quedas nos mercados asiáticos. Ainda há expectativa de diálogo entre Trump e Xi Jinping.
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Análise
Durante coletiva na segunda-feira (2), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Heorhii Tykhyi, afirmou que o país analisará os documentos enviados pela Rússia antes de se pronunciar sobre os termos propostos no memorando de cessar-fogo. Ele destacou que Moscou rejeitou propostas de cessar-fogo incondicional, consideradas pela Ucrânia como base essencial para qualquer negociação. Apesar disso, houve avanço na possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelenski. A Rússia sugeriu um cessar-fogo parcial de dois a três dias em setores do front.
ECONOMIA
Selic
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu nesta segunda-feira a preservação da flexibilidade da autarquia para consumir dados e seguir na calibragem de qual é a taxa de juros terminal, destacando que a instituição ainda está discutindo o ciclo de alta na Selic — e não quando começará o ciclo de cortes da taxa.
Função regulatória
O uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre crédito deveria ter uma função regulatória, segundo Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em palestra no CDPP — Centro de Debates de Políticas Públicas. “Sempre tive a visão de que não deveríamos usar o IOF para política arrecadatória, nem para apoio à política monetária”, afirmou o mandatário do BC.
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Gasolina
A Petrobras anunciou na segunda-feira (2) um corte de 5,6% no preço da gasolina vendida às distribuidoras, reduzindo o valor em R$ 0,17, para R$ 2,85 por litro a partir de terça (3). É a primeira queda desde julho de 2024. Com 27% de etanol na mistura, o repasse estimado ao consumidor é de R$ 0,12. A empresa afirma que, desde dezembro de 2022, a gasolina acumula queda real de R$ 0,60 por litro. O corte foi impulsionado pela queda no petróleo e visa alinhar os preços ao mercado internacional. O impacto estimado na inflação é de -0,10 ponto percentual no IPCA de junho.
Ressarcimento
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) propôs à Aneel um cronograma que prevê o ressarcimento de R$ 3,9 bilhões por usinas eólicas até outubro de 2026, coincidindo com as eleições. Os valores referem-se à energia gerada abaixo do contratado. O parcelamento favorece as eólicas, que ganham fôlego no caixa, e dilui o impacto positivo na conta de luz. A devolução deveria ter começado, mas foi adiada por ajustes no sistema da CCEE. O governo Lula, que tenta ampliar influência na Câmara, alterou sua estrutura em 2023. A CCEE diz estar cumprindo regras regulatórias da Aneel.
Investimento em infraestrutura
As aprovações de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos de infraestrutura neste ano devem atingir pelo menos R$ 80 bilhões, conforme afirmou Luciana Costa, diretora da área. Projetos no setor de energia, especialmente aqueles que envolvem novas tecnologias, enfrentam atrasos devido ao aumento da taxa Selic. Enquanto projetos de concessão com investimentos obrigatórios (capex) continuam avançando, iniciativas voltadas à eficiência energética estão mais suscetíveis a adiamentos. No primeiro trimestre, as aprovações totalizaram R$ 33,3 bilhões, representando um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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POLÍTICA
IOF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acertou com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, medidas para ajustar o decreto que elevou o IOF, buscando calibrar o impacto fiscal. As iniciativas incluem correções no sistema financeiro e a retomada das reformas estruturais, que devem ser definidas até terça-feira (3). Haddad destacou a importância de soluções estruturais para dar estabilidade fiscal e afirmou que as ações visam melhorar a confiança das agências de risco. As decisões serão tomadas antes da viagem do presidente Lula à França, reforçando o diálogo com o Congresso para aprovação das medidas.
Compensação
O governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), está elaborando um pacote de medidas para o setor de petróleo e gás natural, que pode resultar em uma arrecadação de até R$ 35 bilhões até 2026. Essa iniciativa tem como objetivo compensar possíveis perdas decorrentes de uma eventual suspensão no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Data marcada
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, marcou para 9 de junho o início dos interrogatórios dos réus acusados de tentar um golpe para manter Bolsonaro na presidência após as eleições de 2022. As audiências serão presenciais na 1ª Turma do STF, exceto Walter Braga Netto, que participará por videoconferência. O tenente-coronel Mauro Cid será o primeiro a depor, seguido pelos demais réus, incluindo Bolsonaro. Os interrogatórios podem se estender até 13 de junho. A fase de testemunhas foi concluída com 52 depoimentos por videoconferência. Os réus podem optar por permanecer em silêncio durante os interrogatórios.
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Depoimento
O deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, prestou depoimento à Polícia Federal na segunda-feira (2) sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA. Eduardo tem buscado sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, alvo de processos contra Jair Bolsonaro e aliados. Farias é autor da representação que levou à investigação e apresentará documentos e vídeos à PF. A PGR aponta motivação retaliatória e ameaça a autoridades brasileiras. Nos EUA, autoridades já comentam a possibilidade de sanções contra Moraes.
(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)