Produção da Vale, resultados da Fibria e Natura, recomendações e mais 8 notícias no radar

Confira abaixo o que ganha destaque na manhã desta quinta-feira

Paula Barra

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – O noticiário aparece movimentado nesta quinta-feira (23), entre temporada de balanços do segundo trimestre, prévias operacionais, relatório de produção da Vale, rebaixamento de rating da Rumo, além de uma série de recomendações de ações

Confira abaixo o que ganha destaque nesta quinta-feira: 

Vale
A Vale (VALE3; VALE5) divulgou nesta manhã seu relatório de produção do segundo trimestre. A produção própria de minério de ferro da Vale entre os meses de abril e julho foi a maior da história para um segundo trimestre. A mineradora atingiu produção de 85,3 milhões de toneladas de minério no período, contra 79,5 milhões de toneladas para o mesmo trimestre do ano passado. O montante representou uma alta de 7,4% na comparação com igual período do ano passado.

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A produção cresceu nos Sistemas Norte, Sudeste e Sul, principalmente devido às melhores condições climáticas no segundo trimestre do ano e maior utilização da Planta 2. A XP Investimentos destacou o Sistema Norte, cuja produção de Carajás continuou puxando o forte crescimento da produção da mineradora. 

Fibria
Dando continuidade à temporada de balanços, a Fibria (FIBR3), maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto, registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 611,7 milhões no segundo trimestre, queda de 2,8% frente ao ganho de R$ 630 milhões verificado no mesmo intervalo de 2014. O resultado foi impactado negativamente pela linha de Imposto de Renda diferido, no valor de R$ 375 milhões. A receita líquida cresceu 36,4%, para R$ 2,309 bilhões, beneficiada principalmente pelo aumento de preços da matéria-prima em dólar e real e pelo impacto positivo do real desvalorizado sobre as exportações. 

Natura
Ontem, a Natura (NATU3) deu largada à temporada e demonstrou uma receita líquida consolidada de R$ 1,9 bilhão no trimestre, uma alta de 7% em relação ao R$ 1,8 bilhão do igual período do ano passado. Entretanto, o lucro líquido caiu 33,7% na mesma base de comparação, para R$ 116,7 milhões.

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Para o Itaú BBA, a reação do mercado deve ser negativa, estimando que o lucro provavelmente cairá neste ano apesar das iniciativas para reduzir custos e impulsionar vendas em meio ao fraco cenário econômico. 

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) teve o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para vender 20% em campos para a PetroRio (PRIO3), segundo despacho publicado no Diário Oficial da União. A p
articipação negociada é dos contratos de concessão dos campos de Bijupirá e Salema. No dia 1° de julho, a PetroRio disse que pagaria US$ 25 milhões pelas concessões. 

Rumo
A antiga ALL (RUMO3) teve seu rating cortado de BA3 para BA1 pela Moody’s. Depois de 93 downgrades corporativos desde o dia 1º de janeiro, este é o primeiro rebaixamento realizado pela agência desde que ela iniciou a sua visita ao Brasil na semana passada. Segundo a Moody’s, os motivos para o downgrade foram a alavancagem da companhia, sua cobertura de juros e geração de caixa, que devem ser fracos nos próximos anos devido a investimentos. A preocupação com a forte dependência do BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiamento e a indústria de commodities volátil também foram citados como motivos para a redução da nota de crédito. 

Nova carteira do Ibovespa
A Citi Corretora divulgou hoje projeções para a nova carteira do Ibovespa, cuja primeira prévia oficial sai dia 3 de agosto. Para a corretora, devem entrar as ações da Raia Drogasil (RADL3) e Equatorial (EQTL3). A nova carteira vigorará a partir do dia 7 de setembro. Já a Gafisa (GFSA3), provavelmente, deve sair do índice. 

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou não ter conhecimento da ação impetrada pelo escritório americano de advocacia The Rosen Law Firm contra a companhia em um tribunal em Nova York, nos Estados Unidos, por crimes de mercado relacionados à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção envolvendo a Petrobras. 

Cemig
A Cemig Geração e Transmissão, subsidiária da Cemig (CMIG4), obteve financiamento de longo prazo da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), de até 100 milhões de euros para a realização de investimentos em reforços e melhoria de sua infraestrutura de transmissão, informou a companhia na noite de quarta-feira por meio de comunicado ao mercado.

“A AFD espera aprovar a operação em outubro deste ano”, acrescentou a Cemig.

Helbor
A Helbor (HBOR3anunciou hoje a prévia de seus resultados operacionais para o segundo trimestre e primeiro semestre de 2015, com indicadores vindo abaixo nas comparações com outros trimestres passados.  Os lançamentos no segundo trimestre atingiram R$ 107,9 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas) total, 59,6% abaixo dos R$ 267 milhões de 2014. No acumulado dos seis primeiros meses deste ano, os lançamentos atingiram R$ 165,1 milhões em VGV total, uma diminuição de 67,9% dos R$ 515 milhões atingidos no primeiro semestre de 2014.

Segundo o Credit Suisse, os números foram negativos, mostrando uma contínua deterioração na velocidade de vendas (VSO), que caiu 20 pontos-base na comparação trimestral. Apesar da queda de 65% no ano, os analistas mantêm com visão negativa para o papel. 

Estácio
A agência de classificação de risco S&P’s (Standard & Poor’s) reafirmou hoje os ratings ‘brAA-’ da Estácio Participações (ESTC3) e às suas emissões de debêntures. 

“A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que a empresa continuará crescendo organicamente e por meio de pequenas aquisições financiadas por sua geração interna de caixa, mantendo o índice de dívida ajustada por aluguéis sobre EBITDA entre 1,5x e 2x apesar do cenário macroeconômico desafiador com menos renda disponível das famílias e das recentes mudanças no programa FIES.”, afirmou a agência.

Marisa, Hering, Guararapes e Restoque
O BB investimentos anunciou que começou a cobertura de Marisa (AMAR3), Guararapes (GUAR3), Hering (HGTX3) e Restoque (LLIS3). As recomendações do braço de investimentos do Banco do Brasil são de outperform (acima da média do mercado) para Marisa, Guararapes e Restoque e de Market Perform (dentro do desempenho médio do mercado) para Restoque. 

“Não há dúvidas de que o cenário macroeconômico é desafiador para todas as companhias de varejo, especialmente aquelas focadas em bens supérfluos. Contudo, como o setor de vestuário é muito fragmentado no Brasil, a o quadro econômico difícil, a nosso ver, representa uma boa oportunidade de consolidação de market share e ganhos para as empresas maiores e mais bem estruturadas”, diz o relatório do BB Investimentos.

O preço-alvo de Marisa está em R$ 16,40, representando um upside de 80,8% do patamar atual. Já o preço-alvo de Guararapes ficou em R$ 87,30, o que faz um upside de 45,4%. Para Hering, o preço-alvo é de R$ 14,00, um upside de 17,6%. Por último, o preço-alvo de Restoque é de R$ 9,70, um upside de 72,6%. 

Energisa
As 13 distribuidoras de energia elétrica do Grupo Energisa apresentaram uma elevação média de 5,1 por cento na energia total comercializada no primeiro semestre de 2015, ante o mesmo período do ano anterior, informou a holding em boletim nesta quarta-feira. 

A receita operacional líquida do grupo, de 4,8 bilhões de reais no semestre, foi 76,3 por cento superior a igual período de 2014. A forte elevação é explicada pelo fato de as distribuidoras compradas junto ao Grupo Rede agregarem receita à Energisa apenas a partir de abril de 2014.