Produção da Petrobras cai 11% no 4º trimestre, mas bate recorde no acumulado de 2020

A estatal afirmou que 2020 marcou seu melhor desempenho operacional, mesmo com os desafios da pandemia e com a queda da demanda global

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3; PETR4) produziu 2,682 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) no quarto trimestre de 2020. Esse volume representa uma queda de 9,1% ante o trimestre anterior e de 11,3% ante igual período do ano anterior.

Segundo a companhia, o recuo trimestral ocorreu devido à “retomada da campanha de paradas programadas com a realização de grande parte daquelas que não puderam ser efetuadas no 2T20 e no 3T20 em função da pandemia”.

Por outro lado, o volume no acumulado do ano ficou em 2,836 milhões de boe/d, uma alta de 2,4% ante os 2,502 milhões de boe/d do ano anterior.

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Em seu release, a estatal afirmou que 2020 marcou seu melhor desempenho operacional, “superando consideráveis desafios derivados da pandemia, contração da demanda global por combustíveis e preços baixos”.

Além disso, a companhia registrou recordes de produção anual, com 2,28 milhões de barris diários (MMbpb) de petróleo e LGN e também com os 2,84 milhões de boe/d de produção total.

Anteriormente, marcas recordes haviam sido obtidas em 2015, de 2,23 MMbpd e 2,79 milhões de boe/d, respectivamente.

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O volume total comercializado entre outubro e dezembro do ano passado foi de 2,383 milhões de boe/d, queda de 9,5% ante o trimestre imediatamente anterior e de 12,6% em relação ao quarto trimestre de 2019. No acumulado do ano, o volume aumentou 1,2%, para 2,531 milhões de boe/d.

No Brasil, foram produzidos 2,637 milhões de barris por dia de petróleo, gás natural e LGN no fim do ano, queda de 9,2% frente ao terceiro trimestre e de 10,2% comparado ao quarto trimestre de 2019. Já nos doze meses de 2020, o resultado ficou em 2,788 milhões de boe/d, uma alta de 3,7% em um ano.

A exportação de petróleo e derivados ajudou a empresa a passar pelo ano de crise econômica com um resultado operacional positivo. Aliado a isso, mais uma vez, a estatal contou com a alta produtividade do pré-sal, principalmente, no campo de Búzios, no litoral fluminense.

A produção de petróleo no pré-sal, de 1,54 mil barris por dia (bpd), foi, de longe, a que apresentou o crescimento mais significativo em toda companhia, de 21,1%, comparado a 2019. No mesmo período, a média de extração de óleo no País (2,26 milhões de bpd) cresceu 4,3% e, considerando o somatório de petróleo e gás (2,78 milhões de boe/d), o avanço foi de 3,7%

“As exportações de petróleo tiveram papel fundamental durante os piores momentos da pandemia, permitindo geração de caixa em um momento crítico, além de evitar perdas de produção”, afirmou a empresa. A companhia destacou que, em abril, no ápice da crise, foram exportados 1 milhão de bpd. E ressaltou que o óleo produzido em Búzios tem sido o mais importante da sua cesta de exportação, o que permitiu a atração de 14 novos clientes no exterior no ano passado.

Em 2020, balança comercial de petróleo e derivados foi positiva para a Petrobras, com exportações de 957 mil bpd, alta de 30,2%, e importações de 214 mil bpd, queda de 39,5% – um saldo exportador de 743 mil bpd, 95% mais que em 2019. A venda de óleo combustível, de 194 mil bpd, foi a que mais cresceu, 45,9%, seguida da de petróleo (713 mil bpd), que avançou 33%.

Para o coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rodrigo Leão, o resultado reflete a estratégia da Petrobras de alavancar a produção no pré-sal e, em contrapartida, reduzir sua atuação nas demais áreas. “O desempenho da companhia conseguiu ser satisfatório no período da pandemia, por explorar as oportunidades no mercado externo, principalmente, para a venda de óleo combustível”, diz ele.

No mercado interno, no entanto, a venda dos principais derivados caiu. Este é o caso do óleo diesel, pivô do desgaste entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e caminhoneiros, cuja venda, de 687 mil bpd, significou uma queda de 5,2% ante o ano anterior. A produção (716 mil bpd), no entanto, subiu 2,6%. Já a venda de gasolina, de 343 mil bpd, caiu 9,3%, em linha com a produção, que foi 9,6% menor do que a do ano anterior.

(Com Agência Estado)

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