Processo de sucessão de CEO na Vale foi manipulado, diz ex-conselheiro em carta

José Luciano Duarte Penido afirmou que processo de sucessão de CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, teve evidente influência política

Reuters

Logo da Vale (Foto: Divulgação)

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RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ex-conselheiro da mineradora Vale (VALE3) José Luciano Duarte Penido afirmou em carta de renúncia ao presidente do conselho de administração da empresa que o processo de sucessão do presidente-executivo na empresa foi conduzido de maneira manipulada e teve influência política, segundo documento visto pela Reuters nesta terça-feira.

Penido, que apresentou na véspera sua renúncia a cargo no conselho, e o conselheiro Paulo Hartung foram os dois membros do colegiado que votaram contra a solução para o processo sucessório do presidente-executivo, Eduardo Bartolomeo, segundo fonte ouvida pela Reuters.

O conselho de administração da Vale decidiu por 11 a 2, em reunião na sexta-feira, manter Bartolomeo no cargo de CEO até o final de dezembro deste ano. Ficou decidido ainda que o executivo também vai apoiar a transição para a nova liderança no início do ano que vem e atuará como advisor até 31 de dezembro de 2025, segundo a Vale.

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“Apesar de respeitar as decisões colegiadas, a meu ver o atual processo de sucessão do CEO da Vale tem sido conduzido de forma manipulada, não atende aos melhores interesses da empresa e sofre evidente e nefasta influência política”, afirmou Penido.

O desfecho ocorreu como uma solução para um impasse, após o conselho ficar dividido em uma reunião extraordinária anterior, quando seis conselheiros votaram a favor da recondução de Bartolomeo, seis votaram a favor da abertura de um processo de sucessão e um se absteve.

Procurada, a Vale afirmou que não iria comentar.