Pro Teste: escolhendo certo, dá para reduzir pela metade gasto com ovo de Páscoa

Segundo Pro Teste, 100g de Kopenhagen (R$ 16,1) pagam 200g do Lacta Shot e ainda sobra troco para aquisição de bombons

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Se na Páscoa o consumo de chocolate deve ser moderado, por conta do excesso de açúcar e gordura do produto, a economia do seu orçamento, não. Afinal, fazendo a melhor escolha, é possível economizar metade do valor do que gastaria com outros ovos.

A Pro Teste – Associação de consumidores avaliou 30 produtos, segmentados entre público adulto e infantil, e concluiu que a melhor opção, para os primeiros, é o Lacta Shot de 245 gramas, com preço de referência de R$ 17,58.

Isso porque, o valor de 100 gramas do Kopenhagen (R$ 16,10), por exemplo, paga 200 gramas do ovo mencionado, cuja centena sai por R$ 7,18. E o consumidor ainda fica com um troco disponível para adquirir alguns bombons.

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Garanta bolso cheio com tablete e bombom

Porém, se você não faz questão da temática de Páscoa nos chocolates, é importante salientar que sai mais barato comprar tabletes ou bombons.

Ao comparar o custo por 100 gramas, o ovo pode custar mais que o triplo do preço, como ocorre com o Nestlé Diamante Negro. A única exceção analisada pela Pro Teste foi o Garoto Mundy Collection, cuja caixa de bombom é 15% mais cara que o ovo.

Já no caso do Lacta Shot, é ainda mais vantajoso adquirir o tablete, cujo formato de 100 gramas custa R$ 2,23 (100g do ovo sai por R$ 7,18).

Opção para a garotada

Na avaliação da temática infantil, a opção da entidade ficou com o Lacta Trakinas de 200 gramas, cujo preço de referência é de R$ 19,90.

Com R$ 17,27 que pagariam 100 gramas do produto mais caro, o Kinder Ovo Maxxi, o consumidor leva quase 200 gramas da primeira opção (a centena dele custa R$ 9,95).

Como a embalagem do Kinder Ovo Maxxi ainda é menor (150g), optando pelo outro, leva-se mais chocolate por produto e ainda paga menos.

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De olho na saúde

Porém, nem tudo é doce na avaliação que a Pro Teste fez com os produtos da Páscoa. Isso porque ela analisou também os brinquedos e os valores nutricionais dos ovos, e as conclusões não foram satisfatórias.

Foram encontrados açúcar e gorduras em excesso em todos os produtos avaliados. O Sonho de Valsa foi o melhor avaliado quanto à qualidade nutricional, e os últimos do ranking foram os ovos Kopenhagen ao Leite e Top Milk.

Assim, a entidade levou o resultado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pediu que o regulamento técnico para chocolates e produtos de cacau seja revisto e que se determine o teor máximo de açúcar e de gordura.

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Outros problemas são a ausência da data de fabricação em todos os produtos e a obrigatoriedade, não cumprida, de apresentar uma tabela nutricional voltada para uma dieta infantil, quando o ovo se destinar a esse público.

Direito do consumidor

Além disso, em relação aos brinquedos, a entidade enviou um pedido ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) para que o órgão crie um regulamento específico de padronização das informações sobre os brinquedos que vêm nos ovos de Páscoa.

Primeiramente, é necessário que o rótulo informe que o ovo tem um brinquedo certificado, com indicação da faixa etária. Além disso, o selo de certificação deve constar na embalagem do brinde.

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Também foram solicitados testes de ruído nos brindes que emitem som, pois a corneta que veio em um dos ovos alcançou 120 decibéis na medição da Pro Teste, quando o máximo recomendável é de 70 decibéis.

Além disso, a avaliação da entidade detectou quatro ovos que não tinham selo de certificação do Inmetro. São eles:

O ovo Seninha traz o selo de certificação na embalagem do alimento e do brinquedo, sem deixar claro, no entanto, que ele se refere ao brinquedo, o que pode induzir o consumidor ao erro.