PRIO: produção fraca levanta questão; quando fator Ibama deixará de pesar para PRIO3?

Petrolífera registrou queda de 4,4% na produção de maio

Felipe Moreira

Divulgação: Prio
Divulgação: Prio

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A PRIO (PRIO3) produziu 88,7 mil barris de petróleo equivalente por dia (boepd) em maio, uma queda de 4,4% na comparação com a produção do mês anterior, segundo dados operacionais divulgados na última quarta-feira (5).

 A produção foi afetada pela interrupção do poço ODP3 de Frade e do poço TBMT-8H de TBMT, ambos aguardando autorização do órgão regulador ambiental, Ibama, antes de iniciar as atividades necessárias para retomar a produção. 

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O Bradesco BBI também comenta que o principal problema das paralisações dos poços é que exige autorização do Ibama para as obras e, dada a mobilização dos trabalhadores no órgão regulador, não se sabe quando o PRIO conseguirá.

Em termos de reação das ações, o banco acredita que os números mais baixos da produção provavelmente já foram antecipados pelo mercado, uma vez que foram já vistos ​​nos dados da ANP (Agência Nacional de Petroléo, Gás e Biocombustíveis). Esses números mais baixos de produção já se refletiram na redução das estimativas de produção discutidas recentemente pelo banco.

O Itaú BBA avalia, por sua vez, que a produção veio mais fraca conforme o previsto, o que evidenciou os dois problemas em poços que a empresa enfrentou durante o mês. O BBA também comenta que para iniciar a recondicionamento e colocar esses poços novamente em produção, será necessária a aprovação do Ibama.

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Apesar da queda observada nos números operacionais de maio, o JPMorgan pontua que a produção combinada de abril e maio de 90,7 mil boed está 4,6% acima das suas estimativas de 86,8 mil boed para o trimestre completo.

O JPMorgan destaca que a previsão também assume uma parada de manutenção no campo de Albacora Leste no 2T24, reduzindo a produção final para 24,5 mil boed, mas o evento pode ser adiado para o 3T24. No período combinado de abril e maio, as offtakes de petróleo totalizaram 5,2 ml bbl, correspondendo a 65,9% das estimativas do banco para o trimestre completo. As offtakes (vendas) de Frade agora correspondem a 50,5% das expectativas para o trimestre, Polvo e TBMT a 76,3% e Albacora a 88,3%.

Já Goldman disse que a produção média para o mês ficou abaixo das suas projeções para o mês, apresentando um risco de baixa para a previsão de produção do 2T24.

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Além disso, o Goldman ressalta a visibilidade limitada sobre quando o Ibama retomará as operações e, portanto, visibilidade limitada sobre quando esses trabalhos de manutenção devem ocorrer.

O Goldman Sachs reiterou recomendação de compra e manteve sua preferência pela PRIO sob sua cobertura de energia, pois vê a ação sendo negociando a uma avaliação pouco exigente juntamente com um forte potencial de crescimento da produção (sem levar em conta oportunidades inorgânicas, uma questão que a administração tem sido vocal em buscar no futuro).

O Itaú BBA e JPMorgan também mantiveram recomendação equivalente à compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 61,00 e R$ 70.