PRIO (PRIO3): início de produção no poço ODP5 é novo marco e reforça histórico de boa execução da petrolífera

Petrolífera inicia produção no poço ODP5 e Campo de Frade supera marca de 100 mil barris por dia, com analistas reforçando visão positiva

Felipe Moreira

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A PRIO (PRIO3) anunciou na noite da última segunda-feira (17) o começo do ODP5, o primeiro poço produtor do terceira campanha de revitalização do campo de Frade. De acordo com a empresa, a produção de petróleo do poço se estabilizou inicialmente em 8 mil barris de óleo por dia (bpd). Dessa forma, a petrolífera superou a marca de 100 mil barris por dia.

O BTG Pactual destaca que a conclusão do ODP5 é outro marco operacional, com produção maior do que o consenso de mercado esperava.

“Embora saibamos há meses que este poço estava sendo perfurado e sua conclusão estava prevista para junho, ele ainda representa a entrega antecipada da terceira fase da campanha de revitalização do campo, inicialmente prevista para começar em 2024”, lembra BTG.

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Por mais que seja necessário esperar algumas semanas para ver como a produção progride e se ela se estabiliza nesses níveis, o BTG espera que o mercado receba bem este anúncio, pois reforça a capacidade da empresa de cumprir suas promessa

Além disso, o BTG pontua que a PRIO é uma das poucas empresas do setor com potencial de alta das ações mesmo que os preços do petróleo permaneçam estáveis nos próximos meses, sustentados por vários grandes projetos capazes de aumentar a produção no curto prazo. Também não descarta a antecipação de campanhas adicionais de perfuração.

O Credit Suisse avaliou o anúncio como positivo, pois a produção do PRIO ultrapassou a marca de 100 mil bpd e a companhia continua a construir um forte histórico de execução.

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Na mesma linha que o banco suíço, o Goldman Sachs classificou o início da produção do poço ODP5 como positivo, pois torna tangível as estimativas de produção da petrolífera.

A Levante Investimentos comenta que a PRIO mais uma vez entrega ganho de capacidade de produção acima do esperado, com destaque para Frade nesta ocasião. Segundo a casa de análise, o desempenho operacional deve agradar o mercado, que espera que a companhia chegue a 140 mil barris por dia no ano de 2025.

“A empresa percorreu um longo caminho, com o aumento de produção ao longo dos anos, passando de 8 mil barris ao dia em 2017 para impressionantes 100 mil barris ao dia em 2023. Claro, a empresa adquiriu uma série de campos ao longo destes seis anos, mas mesmo assim, o desempenho operacional apresentado tem sido bastante expressivo”, destaca a Levante.

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Por conta desses avanços, a Levante Investimentos pontua que a organização está bem posicionada, negociando a cerca de 5,5 vezes Valor da Firma/ Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2024.

“As ações da PRIO3 têm se mostrado uma boa alternativa para investimento em empresas de petróleo no Brasil sem exposição ao controle estatal”, comentam analistas da Levante. “Principalmente em momentos de alta do chamado ouro negro, que negocia atualmente próximo dos US$ 80 o barril”, completam.

Para o Bradesco BBI, com o ODP5, a PRIO concluiu a 2ª fase da Revitalização de Frade, com excelentes resultados que incluem um poço adicional ao plano inicial de perfurar 4 poços produtores e 2 injetores, e massivamente acima da produção esperada.

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“Antes do início da campanha de revitalização, esperávamos que a PRIO produzisse cerca de 30 mil barris por dia em Frade em 2023 e agora a produção já está na marca de 60 mil, demonstrando a forte execução e capacidade de geração de valor da empresa em campos maduros”, aponta.

No futuro, o BBI acredita que a PRIO poderia explorar outro poço em Frade antes do início da perfuração em Wahoo, embora o plano atual ainda seja mudar para Wahoo e depois retornar a Frade para perfurar este outro poço e prováveis outros que estão sendo estudados após o novas descobertas geológicas no campo.

No entanto, pondera, vale ressaltar que o FPSO Valente tem capacidade de 100 mil barris por dia, o que pode ser um gargalo para perfurações futuras, já que com o Wahoo, o óleo sendo processado no FPSO provavelmente ultrapassará 100 mil barris. No entanto, a administração da PRIO já comentou que existem algumas alternativas para aumentar a capacidade, e que a empresa poderá eventualmente apresentar um plano para resolver esta questão, avalia o BBI,

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O BTG manteve recomendação de compra para ações da PRIO e preço-alvo de R$ 54, apoiada por fundamentos sólidos e um valuation atrativo. O Goldman Sachs reitera avaliação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 55,90, pois vê um bom histórico em termos de aumento da produção e uma avaliação atraente em relação aos pares, juntamente com forte crescimento da produção.