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A PRIO (PRIO3) registrou produção diária de 98 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em agosto, uma queda de 1,1% na comparação com julho deste ano, de acordo com dados preliminares divulgados na última segunda-feira (4).
O time de análise da Genial Investimentos avaliou como neutro os dados divulgados, pois está praticamente em linha com a produção estabilizada anunciada em julho (cerca de 100 mil boed), após o resultado da revitalização do campo de Frade.
No mês passado, segundo a Genial, a produção não alcançou a produção estabilizada devido a uma parada temporária em dois poços no campo de Frade para comissionamento do gas lift, um método de auxílio de incremento da produção.
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Analistas da casa de análise ainda destacam que a produção diária média até o final do ano deve ficar acima desse patamar a depender do resultado da revitalização do campo de Albacora Leste.
O Itaú BBA, por sua vez, comentou que os dados operacionais de agosto ressaltam a resiliência da produção nos campos da PRIO.
“O desempenho operacional em agosto elevou a produção média acumulada no ano da PRIO para 82 mil bpd, em comparação com as médias anuais de 90 mil bpd (1P) e 94 mil bpd (2P) no certificado de reservas”, explica BBA. “O cumprimento destas estimativas exigiria que a PRIO mantivesse níveis médios de produção diária de 105 mil bpd (1P) e 117 mil bpd (2P) nos próximos meses, ou um crescimento mensal consecutivo de 3% (1P) e 7% (2P).”
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Olhando para o futuro, analistas do BBA esperam que Albacora Leste desempenhe um papel de liderança na redução da lacuna entre as atuais médias de produção e as estimativas dos certificados de reservas.
Já JPMorgan disse que a queda foi explicada por uma variação de -2.3% no Campo de Albacora Leste e uma queda de 0,5 kboed na produção de Frade, devido a uma interrupção para a comissionamento do sistema de levantamento de gás no cluster, enquanto a produção de Polvo + TBMT permaneceu estável no mês.
Considerando a média de produção para julho e agosto combinados, os números ficaram ligeiramente abaixo das expectativas do JPMorgan de 100,3 kboed, com um desempenho inferior na contribuição de Polvo + TBMT.
Já as vendas de petróleo totalizaram 2,8 milhões de barris em agosto, totalizando 6,2 milhões de barris em julho e agosto. Essa quantidade corresponde a cerca de 64% das estimativas para o 3T23.
O Bradesco BBI também destaca que a menor produção foi causada pela paralisação do novo poço ODP5 em Frade, que já foi restabelecido em 25 de agosto. Além disso, o banco acredita que a produção da PRIO nos próximos meses seja de 100-105kbpd, com potencial aumento de Albacora Leste e MUP3A.
Aos atuais níveis de preço, a Genial vê PRIO3 negociando a apenas 2,5 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2024E, o que nem reflete a qualidade, execução e crescimento da empresa. Sendo assim, permanece com a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 60 para as ações da PRIO. JPMorgan e Itaú BBA também reiteram recomendação equivalente à compra, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 63 e R$ 58.